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Recessão econômica e altos tributos reduzem vida útil de empresas para 10 anos no Acre


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Os estabelecimentos comerciais em Rio Branco têm um tempo estimado de funcionamento entre 4 a 10 anos. É o que aponta uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC).

P U B L I C I D A D E

De acordo com o estudo, esta é uma perspectiva dos próprios empresários do comércio, e aponta que aproximadamente 38,6% deles estimam esse tempo médio de funcionamento.

O assessor institucional da Fecomércio, Egídio Garó, disse que essa realidade se deve a alguns fatores: como recessão econômica e alta carga tributária influenciam nesse dado negativo.

“Quando você tem uma economia fragilizada e uma recessão econômica atuando de forma intensa, associado a uma elevada carga tributária, junto com as taxas de juros, principalmente pelo capital de giro ser muito alto, dificulta um pouco o desenvolvimento das empresas”, disse.

Garó diz que o capital de giro é fundamental para que essa empresa possa fazer novos investimentos. E, alguns casos, o desenvolvimento profissional e os estilo de gestão mais centralizadora, a falta de participação dos colaboradores com ideias, por exemplo, acabam complicando a perenidade do negócio.

“Historicamente, quando é uma empresa pequena, desde a sua constituição, ela tem uma tendência, se não tiver um bom modelo de gestão, deixar de existir no prazo de cinco anos”, complementa.

Essa perspectiva dos empresários se confirma com dados divulgados pela Junta Comercial do Acre ao G1, em maio deste ano, que apontava o fechamento de 700 empresas em apenas um ano.

Os números são referentes ao período de abril de 2018 a abril de 2019.

De acordo com os dados da Junta Comercial, em um ano, 1.031 empresas foram abertas no estado e outras 715 fecharam. De acordo com o levantamento, somente no mês de abril do ano passado foram abertas 88 empresas, enquanto que 60 fecharam.

Demissões

A pesquisa da Fecomércio aponta ainda que pelo menos 60% do empresariado manteve estável o quadro de pessoal, sendo que 37% contrataram mais pessoas e, 8%, demitiram.

A maioria admite que mantém nos quadros pelos menos 10 empregados nos quadros. Sendo que 76% são considerados como micro e pequenas empresas (ME).

Prejuízos

Com a desistência de um empresário e manter um negócio, as consequências são falta de geração de empregos e recursos.

“Perde a geração de recursos e de geração de emprego e renda também. Porque geralmente ele vai trabalhar só, na informalidade”, conclui.

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