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Prefeito de Manaus contesta dados de Covid e cita 50 mortos nas últimas 24 horas: ‘A gente sabe que é muito pior’


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O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, declarou que “mentirosamente” foram divulgados apenas cinco sepultamentos por Covid-19 na capital nessa quinta-feira (19). Em entrevista coletiva, nesta sexta (20), Arthur afirmou que foram 50 mortes nas últimas 24 horas.

“Ontem foram 50 sepultados em Manaus e, mentirosamente, disseram que foram apenas 5 Covid, entre cemitérios particulares e privados. Não é verdade, a gente sabe que é muito pior”, declarou (veja vídeo acima).

P U B L I C I D A D E

Nesta quinta, o Governo do Amazonas divulgou que foram contabilizadas mais 15 mortes pela doença em todo o estado: 3 ocorridas na quarta (18), e 12 confirmadas após investigação.

Ainda conforme o governo, em Manaus foram registrados 3 sepultamentos por Covid-19 na quarta-feira. O estado já registra mais de 4,7 mil mortes por Covid-19. Em Manaus, o número de mortes passa de 3 mil.

Sobre a declaração de Arthur, o governo informou, por meio de nota, que os dados sobre sepultamentos divulgados nas estatísticas elaboradas pela FVS-AM têm como fonte a Prefeitura de Manaus.

“Sobre a situação da pandemia de Covid-19, todos os dados relativos a novos casos, internações, óbitos e pessoas fora do período de transmissão são divulgados diariamente pela FVS-AM, incluindo dados também fornecidos pelas prefeituras municipais da capital e interior”, respondeu o governo.

O prefeito de Manaus citou, ainda, o fechamento da Ponta Negra como medida necessária para impedir o avanço da doença. A interdição do local foi prorrogada até o dia 31 de dezembro.

“Eu recomendo a todo mundo o uso de máscara, recomendo a todo mundo que leve a sério, algo que está acontecendo na Europa, a Europa leva a sério, e está acontecendo aqui, e a gente precisa levar a sério também”, disse.

21 de junho: foto mostra vista aérea do cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus, no Amazonas. — Foto: Michael Dantas/AFP

21 de junho: foto mostra vista aérea do cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus, no Amazonas. — Foto: Michael Dantas/AFP

Manaus viveu colapso

Entre os meses de abril e maio, Manaus enfrentou colapso no sistema público de saúde e sistema funerário por conta do alto número de mortes e internações pela Covid-19. No maior cemitério público da capital, caixões foram enterrados empilhados e em valas comuns, com o número de mortes 108% acima da média histórica.

Após queda dos números da doença, o Governo do Amazonas autorizou a flexibilização do isolamento a partir de junho. Foram quatro meses de relaxamento da quarentena até a capital voltar a ter hospitais lotados por conta da Covid-19.

A capital do Amazonas teve alta de internações, principalmente em hospitais privados. O Hospital Delphina Aziz, referência para tratamento da doença no estado, chegou a ter 98% dos leitos de UTI ocupados, e o governo voltou a proibir o funcionamento de bares e balneários.

G1

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