Justiça
Pais que mataram recém-nascida asfixiada e jogaram corpo em lixeira vão a júri popular em MT
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O casal Marcos Antônio Andrade da Silva, de 45 anos e Marcela de Souza Cardoso, de 34 anos, devem ser julgados pela morte de uma filha recém-nascida. Os dois são acusados de matar a filha recém-nascida asfixiada e deixar o corpo dela em uma lixeira do condomínio onde moravam no bairro CPA III. O julgamento está marcado para o dia 30 de julho em Cuiabá.
O caso aconteceu em 2011 e, de acordo com o processo, o pai, que já tinha outros dois filhos, não queria arcar com as despesas de mais uma criança. Ele teria incentivado a mãe a não ter o bebê desde a descoberta da gravidez.
Marcela também teria rejeitado a gestação, fazendo uso de métodos abortivos para tentar interromper a gravidez.
Ainda segundo o processo, a mãe teria confessado que deu a luz à menina no banheiro da casa onde morava com o marido, no dia 6 de julho de 2011.
Ela disse ter jogado a recém-nascida no vaso sanitário e dado descarga. Depois de aproximadamente uma hora, Marcela teria retirado a criança do vaso ainda com vida e colocado papel higiênico na garganta da menina até que ela morresse asfixiada.
Após a morte, Marcela teria pegado o corpo da recém-nascida, enrolado num pano, colocado em um saco plástico e depositado na lixeira do condomínio para dar impressão de que fosse lixo doméstico.
Segundo mãe da criança, o pai não estava em casa no momento no parto. No entanto, ele teria chamado a irmã de Marcela para levá-la ao pronto-socorro. Marcela ficou internada por três dias por complicações decorrentes do parto.
Horas depois, um catador, que vasculhava a lixeira em busca de materiais recicláveis, encontrou o corpo do bebê e chamou a polícia.
Na época, Marcela foi presa e levada para o presídio feminino Ana Maria do Couto. Depois, porém, conseguiu ser solta e passou a responder o processo em liberdade.
Marcos Antônio também foi solto e responde por participação no crime, já que, segundo o processo ele incentivou a mulher a matar a recém-nascida.
O G1 tentou falar com a defesa dos réus por telefone, mas até a publicação dessa reportagem, não conseguiu contato.