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Grupo de MT vira maior exportador de preforma do Paraguai


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A empresa cuiabana Preformax Paraguay foi considerada a maior exportadora do setor de plástico em 2019, no Paraguai.

P U B L I C I D A D E

Pelo desempenho, a empresa receberá, na próxima segunda-feira (9), um prêmio das mãos do presidente Mário Abdo Benítez, em solenidade em Assunção.

A empresa foi fundada em Cuiabá, em 2000, mas foi transferida para o Paraguai em 2014, em razão da necessidade de redução dos custos operacionais. 

Segundo o diretor operacional Domingos Kennedy Garcia Sales, no início eram fabricados 100 toneladas mensais de preforma de pet (um espécie de tubos de ensaio, que em seguida viram garrafas plásticas).

A energia no Paraguai é 66% mais barata que no Brasil. A empresa gasta em torno de 4,5 mil megawatts e pagaria R$ 1,5 milhão

Hoje, a empresa produz cerca de 3,5 mil toneladas de preforma por mês e tem faturamento de US$ 52 milhões somente com exportação – o faturamento total é de US$ 55 milhões.

Conforme o diretor executivo José Augusto Curvo, o “Tampinha”, a Preformax, que faz parte do Grupo Maxvinil, exporta para empresas como Puríssima, Schincariol, Marajá em todos os países do Mercosul.

“Não fazemos a garrafa, fazemos só a pet, que é um tubinho, parece um tubo de ensaio. Aí vendemos para várias empresas e lá eles formam a garrafa que querem”, explicou Tampinha, ex-deputado federal por Mato Grosso.

A Preformax ainda emprega cerca de 200 funcionários diretos, mas também conta com uma larga equipe indireta. Segundo Tampinha, o grupo pretende instalar nova fábricas no país vizinho e expandir os negócios.

Segundo Domingos Sales, a boa performace nas exportações só foi possível graças às condições ofertadas pelo país.

“No setor de plásticos, nós somos o maior exportador, por isso o reconhecimento do presidente. E a gente vai receber essa honraria, que para o grupo é muito gratificante. Isso mostra o trabalho e dedicação que nós temos efetivado. Claro que o país nos deu essas condições. É um país muito mais destravado que o Brasil e nos deu essa mobilidade para crescer tanto assim”, afirmou.

Energia cara em Mato Grosso

O empresário José Augusto Curvo: ampliação dos negócios

Com a transferência para o Paraguai, conforme Sales, houve uma economia de cerca de 18% em custos operacionais.

O diretor-executivo afirmou que o maior gasto da fábrica é com energia, que em Mato Grosso é a mais cara do país, segundo ele. Este foi um dos principais fatores que fez com que a empresa se instalasse no Paraguai.

“Noventa e cinco por cento do custo da empresa são com energia e resina. Os outros 5% são com funcionários, despesas, imposto”, revelou Tampinha.

“A energia no Paraguai é 66% mais barata que no Brasil. A empresa gasta em torno de 4,5 mil megawatts e pagaria R$ 1,5 milhão de energia no Brasil ao mês. Lá a gente paga R$ 400 mil. É um terço da energia que é no Brasil. É um delta importante para ser competitivo. Só a energia já me deixa competitivo a nível América do Sul”, completou Sales.

Outro ponto citados poe eles são os incentivos fiscais e a reduzida burocracia em importação de matéria-prima para a produção, além de flexibilidade nas leis trabalhistas.

“Lá existem as empresas maquiladoras, que são empresas que industrializam e são acobertadas por um incentivo fiscal chamado maquila. É um país que realmente se abriu para a gente, nos acolheu e ofereceu todas as condições para trabalhar decentemente”, disse Sales.

Preforma do tipo fabricada pela empresa (imagem ilustrativa)

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