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Agronegócios

Dólar a R$ 6 frusta quem não travou insumos e ainda apanha com preços baixos


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Com o dólar alcançando os R$ 6,00, as empresas agropecuárias que não fizeram hedge de insumos antes vão ter mais problemas além do que, alguns setores, já estão tendo com a comercialização de suas safras. A sucroenergia é um deles entre os mais prejudicados, especialmente porque há muita safra pela frente com cana que ainda vai necessitar de tratos culturais.

P U B L I C I D A D E

Os preços do etanol estão em queda vertiginosa (apesar de dois aumentos na gasolina), o açúcar ainda tem uma margem em dólar, mas limitada por custos operacionais altos, por exemplo.

Naturalmente que outras cadeias do agronegócio deverão sentir o mesmo problema com os insumos dolarizados, ainda que tenham um poder de comercialização melhor, como a futura safra de soja (a partir de setembro). E até o café, como cultura perene.

A cereja do bolo é a dívida em dólar das tomadoras em moeda estrangeira, complementa José Carlos de Lima Jr, do escritório de análise e consultoria Markestrat.

“Infelizmente, muitas empresas não acreditaram nessa disparada e deixaram de travar, e poucas têm insumos disponíveis a preços antigos”, afirma o economista.

No início de fevereiro, a empresa de Ribeirão Preto disparou advertência para os produtores rurais ‘hedgearem’ suas compras, temendo por um ano complicado para que o câmbio seguisse em patamares mais tímidos.

A pandemia ainda mal era epidemia, só na China, e as disrupturas políticas do governo Jair Bolsonaro e as geopolíticas de Donald Trump, se estavam na conta, agora chegaram nos níveis mais agudos de aversão ao risco.

MoneyTimes

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