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Amazonas tem 132 mil pessoas morando em áreas com risco de desastres naturais, aponta IBGE


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Em 2010, a população que vivia em áreas de risco, nos 51 dos 62 municípios amazonenses, chegava a 132.558 habitantes, em 30.000 domicílios particulares permanentes, segundo dados da publicação “População em áreas de risco no Brasil”, lançada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nesta sexta-feira (29). A pesquisa foi elaborada em cooperação com Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).

P U B L I C I D A D E

Os dados apontam que Manaus é a cidade no Amazonas com maior quantidade de moradores em áreas de riscos (55.851 moradores, 3,1% do total do município). Também completam a lista dos cinco municípios amazonenses com a maior quantidade de moradores em áreas de riscos:

  • Boca do Acre, com 11 289 habitantes (36,8% da população total do município)
  • Parintins (5.152 moradores)
  • Codajás (5.030 moradores)
  • Tefé (4.679 moradores)

Segundo dados da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil da capital, Manaus possui, atualmente, 734 pontos de áreas de risco, sendo as zonas Norte e Leste com as principais incidências.

De acordo com o mapeamento realizado pela Defesa Civil de Manaus, em parceria com o CPRM, a capital amazonense tem, atualmente, o total de 28.668 residências localizadas em áreas de risco.

“O órgão realiza o monitoramento diário dessas áreas de risco através de Central de emergência 199, que funciona 24h no atendimento e registro de ocorrências. Também por meio dos Núcleos de Proteção e Defesa Civis nas comunidades (Nupdecs), formados por voluntários que ajudam o órgão a monitorar esses locais. Outro reforço é o monitoramento por pluviômetros instalados na capital”, informou.

Ainda segundo a Secretaria, em 2017 foi criado Grupo de Pronta Resposta (GPR) para atuar principalmente no suporte aos moradores de áreas de risco.

Rendimentos

No Amazonas, das pessoas que moravam em áreas de risco 26,8% tinham rendimento domiciliar per capita de 1/4 a 1/2 salário mínimo; 26,0% com rendimento domiciliar per capita de 1/2 a 1 salário mínimo; 24,1% com rendimento domiciliar per capita de até 1/4 de salário mínimo; 11,7% com rendimento domiciliar per capita de 1 a 2 salários mínimos; 6,6% não tinham rendimentos; 2,6% com rendimento domiciliar per capita de 2 a 3 salários mínimos;1,4% com rendimento domiciliar per capita de 3 a 5 salários mínimos e 0,9% com rendimento domiciliar per capita acima de 5 salários mínimos.

Dos 708 mil domicílios do Estado, 30 mil estavam em áreas de risco. Para o total de domicílios, o percentual esgotamento sanitário inadequado alcançou 49,2%. Já para os domicílios localizados em áreas de risco, esse percentual alcançou 66,35%.

Comparando com outros Estados

Na Região Norte, o Estado do Acre foi o que apresentou a maior porcentagem – 11,6% (53 831 habitantes) – de população exposta e vivendo em áreas de risco dos municípios monitorados. Este percentual reflete que nos municípios analisados neste estado há a maior concentração de população exposta da Região Norte.

Entretanto, os estados do Amazonas e Pará contemplam um maior número de municípios analisados e número total de população em risco (51 e 39 municípios; 132 558 habitantes (4,2%) e 105 730 habitantes (2,9%), respectivamente). Em números absolutos, o Estado do Amazonas apresenta maior número de população residente exposta em áreas de risco.

No estado do Acre, a capital Rio Branco com 33 767 moradores (10,1% da população total do município) e o Município de Tarauacá com 12 160 moradores (34,1% da população total do município) apresentaram os dois maiores contingentes populacionais em áreas de risco.

No Pará, os Municípios de Marabá e Altamira possuíam 22 578 moradores (9,7% da população total do município) e 13 129 moradores (13,3% da população total do município) em áreas de risco respectivamente.

Analisando a distribuição da população em áreas de risco segundo o destino do lixo, destacaram-se, na Região Norte, os estados do Pará (20,6%) e do Amazonas (15,1%); no Nordeste, os estados do Maranhão (26,1%) e do Piauí (15,6%); no Centro-Oeste, o Estado de Mato Grosso (4,6%); enquanto nas regiões Sudeste e Sul, todos os estados apresentaram valores inferiores a 3,0%, ressaltando os estados de São Paulo, com 0,6% e do Paraná, com 2,7%.

Crianças e idosos

Nos 872 municípios brasileiros avaliados, 17,8% da população em áreas de risco eram crianças menores de cinco anos (9,2%) ou idosos com 60 anos ou mais (8,5%), considerados grupos etários mais vulneráveis a desastres.

Na Região Norte, 13,0% da população em áreas de risco era composta por indivíduos menores de 5 anos e 6,0% por indivíduos maiores de 60 anos. Essa região destacou-se pela maior concentração de crianças vivendo em áreas de risco. Acre (19,8%), Pará (19,2%) e Amazonas (19,2%) eram os três estados com o maior quantitativo desses grupos etários mais vulneráveis.

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