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Wilson diz que deputados foram eleitos pelo crime organizado


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Governador cobrou exposição de nomes de deputados que fizeram “pedidos escusos” à Sesp.

P U B L I C I D A D E

O governador Mauro Mendes (União) cobrou que o deputado estadual Wilson Santos (PSD) cite o nome e sobrenome de parlamentares que teriam feito pedidos para que a Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) colocasse tomada nas celas das penitenciárias do Estado.

Wilson denunciou o pedido em entrevista ao Repórter MT na semana passada. Segundo ele, o crime organizado elegeu deputados e é preciso que o Estado retome o comando das periferias, em especial às de Cuiabá.

“Quem é o deputado que pediu? Ele falou o nome? É muito ruim isso. […] Ficar conversando entre linhas. Para fazer uma acusação grave dessas tem que botar nome e sobrenome, senão ficam os 24 deputados sob suspeita. E isso não é justo”, disse o governador à imprensa ao ser questionado sobre a acusação.

“É muito ruim isso. […] Ficar conversando entre linhas. Para fazer uma acusação grave dessas tem que botar nome e sobrenome”

“É gravíssimo se um deputado faz um pedido desses. […] Se um fez, outros 23 não podem ficar com essa mancha”, acrescentou.

Wilson revelou que, durante a campanha eleitoral do ano passado, foi barrado em dois bairros periféricos de Cuiabá. Com isso, pediu para conversar com então secretário de Segurança, Alexandre Bustamante.

Lá, Bustamante teria revelado a Wilson sobre os pedidos de parlamentares sobre a instalação de tomadas em celas das penitências, para que faccionados pudessem recarregar celulares – prática vedada pelo Código Penal.

“[Bustamente me disse que] Outros dois ou três deputados foram até ele pedindo para reinstalar tomadas para que os líderes do crime organizado, que estão presos, possam recarregar as baterias dos celulares. […] E eu questionei: ‘Quem são esses meus colegas deputados?’. E ele disse: ‘Isso eu também não vou falar’.

“Qualquer cidadão fica perplexo vendo um deputado falar isso. Merece uma investigação para ver se tem procedência”

“[Esse deputado] Não vai se reeleger. Já reelegeu. E se nós não retomarmos o território das periferias, o crime vai avançar”, completou Wilson na entrevista.

“Perplexo”

O governador afirmou que a denúncia do parlamentar necessita de investigação rigorosa e que ficou “perplexo” com o fato.

“Qualquer cidadão fica perplexo vendo um deputado falar isso. Merece uma investigação para ver se tem procedência”, disse.

“Eu não vi essa matéria, mas é algo grave. Tenho que tomar conhecimento com mais profundidade. Mas, como governador, tenho que encaminhar, porque não é o governador que investiga e tem poder de polícia. Quem tem poder de investigar é Polícia Civil e o Ministério Público”, completou.

 

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