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Utilização do esterco para adubação orgânica é opção sustentável nas propriedades


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Utilização do esterco para adubação orgânica é opção sustentável nas propriedades
Promover uma atividade sustentável é indispensável nos dias de hoje. Uma propriedade rural que possui boas práticas em todos os níveis e promove o aproveitamento integral dos recursos disponíveis torna-se mais lucrativa e eficiente. Uma das ações mais simples que o produtor rural pode executar é o manejo dos resíduos orgânicos gerados na propriedade.
É o que explica a engenheira agrônoma Inêz Silva. “Esses resíduos, se bem utilizados, se tornam fornecedores de nutrientes para a produção de alimentos, com o melhoramento das condições físicas, químicas e biológicas do solo”, diz. O processo de gestão passa pelo manejo dos animais, bem como a estrutura de armazenamento, manejo, tratamento e utilização dos resíduos gerados.
Um fato importante a ser destacado é que, quando não há a gestão correta desses resíduos, o que poderia ser sinônimo de sustentabilidade se torna fator de degradação ambiental. A falta de gestão pode causar contaminação, principalmente dos recursos hídricos, essenciais para a atividade rural.
Entre os benefícios da utilização de matéria orgânica na adubação do solo estão a maior disponibilidade de nutrientes para as plantas, maior retenção de água e aumento da taxa de infiltração. “Com a utilização da adubação orgânica, o solo se torna mais fértil e produtivo, aumentando sua biodiversidade, que é benéfico as plantas.”, avalia Inêz.
Adubação orgânica Você pode fazer a gestão dos resíduos orgânicos na sua propriedade seguindo cinco passos simples. A primeira coisa a se fazer é escolher um local arejado, com boa drenagem e que permita fazer o revolvimento do material. Como matéria prima podem ser utilizados folhas, capim e outros resíduos vegetais; esterco bovino, de aves ou outros animais.
Esses materiais devem ser dispostos em camadas alternadas, formando uma pilha que tenha como última camada feita de resíduo vegetal. “À medida que a pilha vai sendo formada, cada camada de material vai sendo umedecida com água tomando-se o cuidado para que não haja escorrimento”, explica Inêz Silva.
Se o reviramento for feito de forma manual, a pilha não deve ser mais alta que 1,5m. “A largura deve ser maior que a altura, e o comprimento deve variar de acordo com a quantidade de matéria prima disponível”, recomenda a agrônoma.
Após montada a pilha, o material deve ser revolvido semanalmente nos primeiros 30 dias, e quinzenalmente a partir do segundo mês. “Deve-se medir a temperatura do composto com uma barra de ferro.
Caso ela esteja muito elevada, é necessário molhar a mistura para reduzi-la”, esclarece Inêz. Ao final do processo, geralmente entre 90 e 110 dias, o composto estará com uma coloração escura, temperatura estável e com uma textura que esfarela facilmente.
“É importante ressaltar que o esterco dos animais que foram alimentados por pastagens onde foram utilizados herbicidas, conhecidos como ‘mata mato’, não poderá ser utilizado adubação orgânica”, esclarece Inêz. Para enriquecer o adubo orgânico, também podem ser utilizadas cascas de alimentos, restos de silo e cinzas. Esterco curtido
Inêz alerta que não é recomendado pegar o esterco e utilizar diretamente na cultura, sem curtir o material. “Haverá um aumento na temperatura, podendo chegar até 70°C, e o esterco vai danificar as plantas, podendo até matá-las”, explica. Para curtir o esterco e utilizar em hortas e outras plantas o processo é mais rápido.
“Basta pegar a quantidade de material disponível, empilhar e molhar. A pilha deve ser revirada e molhada semanalmente, e estará pronta para uso após 30 dias”, conclui.
 
Vanessa Araújo 
VOE Comunicação
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