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Sarampo volta a ser ameaça às crianças em Mato Grosso


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Em 2018, o índice estadual de vacinação em crianças na faixa etária de um ano de idade foi 90,16%, abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).

P U B L I C I D A D E

Mato Grosso continua livre do sarampo, mas a ameaça a essa condição existe com o recrudescimento da doença no mundo. Tanto que no Brasil, o ano de 2019 mal começou e já se sabe que o vírus transmissor da infecção viral continua em circulação no país, que corre o risco de perder o certificado de eliminação do sarampo concedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Situação agravada pela baixa cobertura vacinal em 2.751 municípios brasileiros.

Em 2018, Mato Grosso atingiu 99,02% de cobertura vacinal contra o sarampo em uma população de 202.2016 meninos e meninas entre um ano a quatro anos de idade durante a campanha nacional de imunização. Contudo, levando-se em consideração apenas a faixa etária de um ano, o índice ficou abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) que é de 95%. Nesta etapa de vida, de um total de 53.508 crianças, 48.241 (90,16%) foram imunizadas. Em 2017, a cobertura vacinal estadual da tríplice viral foi de 84%.

Atualmente, os estados do Amazonas, Roraima e Pará estão com transmissão ativa do vírus transmissor do sarampo por registrarem casos confirmados recentes da doença. Essa situação associada à baixa cobertura vacinal tem preocupado as autoridades públicas ligadas a área da saúde. Por isso, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que conta com representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde, além do Governo Federal, propôs um novo pacto sobre vacinação em todo país.

De acordo com dados preliminares do MS, dos 5.570 municípios do país, 2.751 (49%) não atingiram a meta de cobertura vacinal de sarampo, em 2018. Os dados são ainda mais preocupantes nos estados com surto: no Pará 83,3% dos municípios não atingiram a meta. Já em Roraima foram 73,3% e, no Amazonas, a metade 50%. “Nós vamos ter que refazer o pacto sobre vacina nesse país. O índice de vacinação está perigosamente baixo. Alguns estados dizem que está muito bom, mas enquanto todos os estados não estiverem com níveis elevados de vacinação os caminhos estarão abertos para a disseminação do vírus”, alertou o ministro.

Em 2018, o Brasil enfrentou um grande surto de sarampo, envolvendo 11 estados, com 10.302 casos confirmados, sendo 90% dos casos concentrado no estado do Amazonas. A concentração dos casos ocorreu entre junho, julho e agosto. A partir de setembro do ano passado já foi possível perceber queda de casos, observada também em outubro.

Em 2019, no entanto, ainda há registro da circulação do vírus do sarampo no país. Até o momento, três casos foram confirmados laboratorialmente no município de Prainha, no Pará. “O Ministério da Saúde tem agido incansavelmente para interromper o surto de sarampo no país. É muito importante que todas as pessoas estejam vacinadas e, portanto, protegidas contra a doença. Em muitos casos, por não terem mais notícia da circulação de algumas doenças no país, a exemplo da poliomielite também, pais e responsáveis não as vêm mais como um risco, como é o exemplo do sarampo. Por isso, é necessário ressaltar a importância da imunização e desmistificar a ideia de que a vacinação traz malefícios”, disse o ministro.

A vacinação é a forma mais eficaz e segura para prevenção de doenças como o sarampo. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente duas vacinas que protegem contra o sarampo: a tetra viral que protege, além do sarampo, contra a rubéola, caxumba e varicela, e é administrada aos 15 meses, e a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), também aos 15 meses.

No Estado, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) informou que tem disponibilizado atualização em “sala de vacina” aos profissionais de saúde dos municípios, garantido a distribuição do imunobiológico as regionais de saúde mensalmente e para este irá instituir um GT da Imunização com participação dos 16 ERS para fortalecimento das ações voltadas a imunização no estado. O último caso de sarampo em Mato Grosso ocorreu em 1999.

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