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Rondônia

Projeto Rádio Falante completa 10 anos incentivando alunos da rede pública à comunicação e à leitura


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Há 10 anos, completados este mês, o projeto “Rádio Falante”, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Orlando Freire, em Porto Velho, sob o crivo do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), vem transformando as vidas dos alunos da rede pública estadual.

P U B L I C I D A D E

As ações do projeto são socializadas com outras escolas da rede, e cada uma adota seu próprio estilo. “No início, o projeto ficou um mês em fase de teste, definindo qual o ritmo que a “emissora” seguiria. Nesse tempo os coordenadores ficaram qualificando os alunos e os técnicos que iriam atuar no projeto. Quando o seguimento foi aprovado a rádio entrou no ar, trazendo uma proposta diferente, não só com músicas e recadinhos, mas agregando notícias, informações e incentivo ao hábito da leitura entre os alunos ouvintes. Priorizando entrevistas com pessoas ligadas ao meio cultural e educacional”, explica o professor Reinaldo Ramos das Neves, idealizador do projeto.

A primeira equipe da rádio foi formada e ao longo dos anos o projeto já recebeu três votos de louvor da Assembleia Legislativa de Rondônia, vários prêmios e foi divulgado em diversos meios de comunicação locais e de outros estados. “No decorrer dessa década, a equipe do projeto adquiriu um ‘know-how’ próprio e eficiente, sempre trabalhando com confiança e criatividade no meio educacional e cultural. Hoje a rádio faz a diferença, e se orgulha do pioneirismo de ter o seu caminho próprio no seguimento de rádio escolar”, completa o professor.

COLHENDO OS FRUTOS

Segundo o coordenador do projeto, a equipe da rádio trabalha sempre no sentido de aprimorar e oferecer opções de vanguarda aos alunos, à comunidade escolar e ao entorno. “O orgulho maior da equipe ‘Falante’, e dos demais atores do cotidiano escolar, é do projeto ser bem sucedido no campo da educação e da cultura, sendo tema de TCC do curso de Jornalismo e de pós-graduação. Além de ser destaque nacional no Portal do MEC, e em duas matérias vinculadas nacionalmente com apoio do então projeto Amigos da Escola”, lembra Reinaldo.

Na programação da rádio estão entrevistas e o quadro “Leitura na Rádio”, onde os alunos vão à sala de leitura da escola e fazem o empréstimo de alguma obra literária para ler, e após fazerem a leitura do livro vão até o estúdio da rádio e fazem a sugestão da leitura aos outros alunos.

“Essa ação chamou a atenção do consagrado escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Paulo Coelho, que fez para a equipe do projeto uma postagem em uma de suas redes sociais, além de doar livros para o acervo da rádio”conta Reinaldo Ramos, coordenador do projeto.

Outra contribuição considerada importante pela equipe é o apoio e a participação dos membros da Academia de Letras de Rondônia (Acler), Academia Rondoniense de Letras (ARL) e Academia Rondoniense de Poesia (Acarp).

Alunos observam as atividades realizadas na Rádio Falante, pela TV Paredão

TV PAREDÃO

“Cria” da Rádio Falante para agregar mais eficiência ao projeto da rádio, em tempo real uma câmera abastece de imagens uma tela no pátio da escola com as pessoas que estão sendo entrevistadas na rádio. O monitor que gera as imagens fica na parede do estúdio da rádio, daí o nome “TV Paredão”.

PROTAGONISMO JUVENIL

Larissa Maria Anita Ferreira de Souza, atualmente aos 21 anos de idade, trabalha em uma rádio de grande alcance. A jovem conta que o interesse pela comunicação começou na escola. “Eu passei pelo projeto Rádio Falante, e nele eu pude conhecer a comunicação e criar o hábito da leitura. Lá eu me descobri, descobri o que eu gosto de fazer e a minha vocação. Procurei estudar sobre a profissão, entrei no curso de Jornalismo, e tudo isso foi fruto da Rádio Falante, porque antes eu não me interessava por isso. Hoje sou apaixonada inclusive pela parte operacional. Há quatro anos eu trabalho na área, e devo isso ao projeto, que mudou minha vida totalmente”.

Outra aluna da Escola Orlando Freire que teve a vida influenciada pelo projeto foi Kimberlly Crivi Moura de Macêdo. Aos 14 anos a estudante, à época, entrou na equipe da rádio escolar. “Foi em 2012 quando tudo começou. Fui convidada pelo Reinaldo a participar do projeto da Rádio Falante. Até então eu nunca tinha tido contato com a comunicação e o projeto possibilitou o meu conhecimento com este universo através da escola e foi um grande incentivo para mim”.

No ano seguinte, Kimberlly iniciou um curso técnico de rádio e televisão e também passou a estudar fotografia, que lhe rendeu prêmio na Bienal de Fotografia do Sesc no mesmo ano.

“Em 2014 iniciei a graduação em Publicidade e Propaganda e minha formação ocorreu em 2019. Atualmente trabalho na maior agência de publicidade e propaganda do Estado, onde ocupo o cargo de programadora de mídia. Sem dúvida o que me fez chegar até aqui foi o projeto da Rádio Falante, onde dei meus primeiros passos na comunicação. Sempre serei grata aos idealizadores do projeto, por me incentivarem a construir uma história baseada na educação, respeito e determinação”, conclui.

FONTE:Secom – Governo de Rondônia

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