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Professor de geografia da UFMT cria mapa com bairros onde o coronavírus já circula


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Um mapa que mostra os bairros onde moram as pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Cuiabá, elaborado por uma equipe do departamento de Geografia da UFMT, pode ser um dos instrumentos para o enfrentamento do vírus, além do trabalho preventivo das autoridades de saúde junto à população que vive nas zonas críticas.

P U B L I C I D A D E

A coleta de dados foi realizada em parceria com a diretoria de Vigilância de Saúde. Ao , o professor do curso de Geografia da UFMT, Emerson Soares, explica que a intenção é que um dos objetivos do projeto é atualizar a distribuição geográfica do novo coronavírus na Capital diariamente.

O mapa produzido por ele mostra que a região do condomínio Florais, era a área com mais pessoas que testaram positivo para Covid-19, somando três até 28 de março, últimos dados inseridos no gráfico. De acordo com Emerson, neste momento, além do isolamento social, mapear onde o novo coronavírus já circula é essencial para a prevenção de novos casos.

O mapeamento pode ainda auxiliar no trabalho dos profissionais de saúde, que saberão, especificamente, em quais bairros deverão agir.

“Vão saber onde ir para atuar de forma preventiva, antes que novas pessoas sejam contaminadas e tem que atuar no tratamento dos pacientes. A atuação preventiva será imprescindível nesses territórios”, ressalta.

Emerson conta que, assim como em outas regiões do Brasil, o vírus tem se espalhado por bairros de maior poder aquisitivo de Cuiabá, como no caso dos condomínios Florais e Alphaville, que já concentram diagnóstivos positivos para a Covid-19.

Esse padrão tem se repetido. Primeiro a doença chega em áreas ricas, por pessoas que foram viajar para fora do Brasil, chegaram infectados, mas assintomáticos, e contaminaram outros

Professor de geografia, Emerson Soares

Mais ricos

Os bairros Santa Rosa, Santa Cruz e Jardim Itália também acumulam ao menos um registro da doença. Por meio  da localização geográfica, ainda é possível observar que bairros com menor poder aquisitivo, porém que fazem divisa com os ricos, registram a circulação do novo coronavírus, como no caso do Jardim Leblon, Jardim Vitória e Morada da Serra.

“Esse padrão tem se repetido. Primeiro a doença chega em áreas ricas, normalmente, através de pessoas que foram viajar para fora do Brasil, chegaram infectados, mas assintomáticos, e acabaram contaminando outras pessoas também”, avalia.

O grupo ainda trabalha para mapear os locais com mais moradores que fazem parte do grupo de risco da Covid-19, para auxiliar no trabalho dos profissionais de saúde.

“Estamos considerando todas as informações que são relevantes para ajudar a entender como o vírus e a doença vão se disseminar, além de como isso depende de fatores sociais”.

Ainda nesta semana, a equipe pretende lançar um aplicativo para smartphones, onde, diariamente, o usuário poderá acessar informações sobre o avanço do novo coronavírus em Mato Grosso. Segundo Emerson, o grupo ainda trabalha em um painel informativo sobre a distribuição geográfica da Covid-19 no Estado.

Rdnews

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