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Piora do comércio global afeta o Brasil


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O Indicador sobre as Perspectivas do Comércio Internacional, publicado há alguns dias pela OMC, mostrou os piores resultados desde 2010, com sinais negativos em cinco de seis componentes do índice. Há pouco espaço para que as tendências voltem a ser positivas, o que afeta o Brasil, pois a vitalidade das exportações é fator importante para a retomada econômica.

P U B L I C I D A D E

Encomendas de exportação, cargas aéreas, produção e vendas de automóveis, componentes eletrônicos e produtos agrícolas têm perspectivas de recuo, segundo a OMC. O único indicador positivo é o de transporte de contêineres. A média geral do indicador é de 96,3 pontos, abaixo da linha de 100 pontos que separa os campos positivo e negativo.

Fatos conhecidos permitem entender os prognósticos desfavoráveis para o comércio. Entre esses fatos estão a intensidade das tensões comerciais, marcadas por sobretaxas cruzadas impostas pelos Estados Unidos e pela China às importações, o crescimento insatisfatório da economia mundial e, em consequência, os preços declinantes das commodities, de que dependem muitos países, como o Brasil.

Tensões políticas em várias regiões, como na América Latina, com o impasse na Venezuela, ou na Ásia, dado o histórico de conflitos entre a Índia e o Paquistão, agravam o quadro, ao ameaçar a estabilidade econômica e a disposição das empresas de investir. Os indicadores da OMC refletem uma piora das expectativas registrada entre janeiro e fevereiro.

No Brasil, já se notam dificuldades para exportar, como mostram os últimos resultados do comércio exterior. A média diária de exportações brasileiras caiu 3,2% entre os períodos de janeiro e as primeiras três semanas de fevereiro de 2018 e de 2019. Em números, as exportações médias diárias caíram de US$ 855,2 milhões para US$ 828,1 milhões. As vendas de produtos brasileiros para o exterior não vêm sendo prejudicadas apenas pela queda das exportações de veículos para a Argentina. Caíram também, no mês passado, as vendas de semimanufaturados, o que só parcialmente foi compensado pelo crescimento das vendas de produtos básicos.

As análises da OMC lançam novas preocupações para o comércio exterior brasileiro.

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