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Economia

Mato Grosso terá retração no VPB e deve somar pouco mais de R$ 204 bilhões


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O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, em Mato Grosso, está estimado em R$ 204,40 bilhões.

P U B L I C I D A D E

As cifras são 3,3% menores em relação ao contabilizado no ano passado, quando o Estado somou R$ 211,04 bilhões.

Apesar da retração anual, Mato Grosso segue liderando a receita no campo pelo 11º ano consecutivo.

Das três principais culturas mato-grossenses, apenas o milho tem projeção de ampliar a receita.

O VBP é calculado com base nas informações de safras de fevereiro, divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com análise do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O cereal deve somar R$ 46,58 bilhões ante R$ 44,43 bilhões no ano passado.

Na liderança nacional estão Mato Grosso, com projeção de R$ 204,40 bilhões, seguido pelo Paraná com R$ 164,04 bilhões e São Paulo com R$ 142,78 bilhões.

O Estado responderá sozinho por pouco mais de 16% do faturamento nacional neste ano.

No País, o VBP está estimado em R$ 1,24 trilhão, valor 5 % maior do que o obtido no ano passado.

O resultado é o maior de uma série com início há 34 anos. O valor das lavouras está previsto em R$ 887,7 bilhões (crescimento de 8,9%) e a pecuária, 361,9 bilhões (retração de 3,4%)

Em Mato Grosso, tanto a receita prevista para a lavoura, quanto para a pecuária, está com projeção de queda em relação ao obtido no ano passado. Nessa atualização, por exemplo, as lavouras devem somar R$ 175,04 bilhões contra R$ 178,70 bilhões.

As atividades da pecuária devem passar de R$ 32,33 bilhões para atuais R$ 29,36 bilhões.

Por cultura, o algodão passará de R$ 24,52 bilhões para R$ 21,36 bilhões. A soja, carro-chefe do agro mato-grossense, deve somar R$ 101,29 bilhões contra R$ 104,62 bilhões como no ano passado.

Na pecuária, o destaque entre as cinco atividades é para a suinocultura, cujo VBP deve somar R$ 1,44 bilhão contra R$ 1,67 bilhão.

A bovinocultura passa de R$ 24,91 bilhões para R$ 22,15 bilhões, a avicultura de R$ 3,72 bilhões para R$ 3,46 bilhões.

A produção de ovos encolhe de R$ 1,11 bilhão para R$ 1,10 bilhão e produção de leite de R$ 901,38 milhões para R$ 855,12 milhões.

ANÁLISE – Conforme análise do Mapa, preços acima da média de anos anteriores e expectativas de boa safra em 2023 trazem contribuição positiva para um grupo amplo de lavouras, com destaque para laranja, cana-de-açúcar, milho e soja.

Milho e soja representam 62% do VBP das lavouras, e têm participação decisiva nesses resultados.

Sua influência também tem sido importante na produtividade de grãos que está sendo prevista com acréscimo de 10%.

No caso do café, algodão e trigo, o comportamento dos preços e os níveis de produção obtidos reduziram o faturamento desse importante grupo de produtos.

A pecuária, que vem passando o terceiro ano com taxas de crescimento negativas, ainda passa por ajustes originados durante a pandemia do Covid-19, e por redução dos preços internos. Isso tem trazido contrações no VBP de carne bovina e de frango, especialmente.

Os resultados favoráveis principalmente de soja e milho têm contribuído para os ganhos não apenas nos principais estados produtores como os do Centro-Oeste e Sul, mas também em vários estados do Nordeste e Norte que também se beneficiam de bons períodos de chuvas.

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