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Juína: Dentista sofre Parkinson precoce e pede ajuda em vaquinha


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Aos 34 anos de idade, Evaldo Figueiredo começou a sentir os sintomas do Parkinson. Porém, a doença só foi diagnosticada 3 anos após várias consultas e dezenas de exames clínicos. Pouco mais de 10 anos depois, o distúrbio do sistema nervoso central que afeta os movimentos fez com que o dentista deixasse a profissão. Agora Evaldo conta com a ajuda de amigos para conseguir uma cirurgia que custa em torno de R$ 120 mil.

P U B L I C I D A D E

A doença é conhecida pelos tremores e movimentos involuntários dos pacientes, que também apresentam lentidão, rigidez e perda de equilíbrio. Além disso, a população afetada é geralmente idosa. Mas para Evaldo, tudo aconteceu diferente.

Morador de Juína (735 km a noroeste de Cuiabá), Evaldo trabalhava atendendo população indígena e ribeirinha quando tentou pegar um instrumento e sentiu a rigidez nas mãos. Isso em 2009. A segunda vez que sentiu o sintoma estava ensinando o filho a andar de bicicleta e novamente sentiu o corpo rígido. A partir daí, começou a luta para descobrir o que acontecia.

“De 2009 até 2012 foram 9 médicos até chegar ao diagnóstico do Parkinson. Ninguém imagina que aos 34 anos possa ter essa doença. Passei por clínico, ortopedista, urologista, infectologista e a doença esse tempo todo só evoluindo”, disse ao detalhar que não apresentou os sintomas de tremores no início da doença.

Atualmente, Evaldo está sob tratamentos médicos que o ajudam a lidar melhor com a doença que é crônica. No entanto, a vida do dentista é muito dependente devido a rigidez do corpo e os tremores que surgiram e impediram de executar tarefas simples do dia-a-dia. “Com Deus a gente enfrenta tudo. Gostaria muito de poder tomar água sozinho, fazer caminhada, tomar banho”, ressaltou e lembrou também que os remédios já estão “perdendo o efeito”, de estabilizar o tremor.

Ele está em uma fila de espera há mais de 3 anos para conseguir a cirurgia de que precisa pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Universitário de Ribeirão Preto, que é referência no tratamento da doença. No entanto para evitar o avanço do Parkinson ele orçou a cirurgia particular, totalizando R$ 120 mil.

Agora ele conta com a ajuda de amigos para conseguir juntar o montante para sua cirurgia. Para isso, uma vaquinha online foi criada para ajudar ao dentista a arrecadar o dinheiro necessário para a cirurgia, através do site especializado “Vakinha”. O site para contribuir pode ser acessado através desse endereço https://www.vakinha.com.br/vaquinha/509235.

Apesar de ter sido privado de exercer sua profissão, Evaldo diz que sente muita falta e não conseguiria ter outra diferente. “Amo minha profissão. Se mil vezes eu pudesse ser de novo, seria dentista”, enfatizou. No entanto, há outros planos que quer realizar. Entre eles: publicar um livro, o qual escreve há cerca de 6 meses com a ajuda do filho Francisco.

“Escrevo sobre o Mal de Parkinson para poder ajudar as pessoas. Desde o início tive muita dificuldade em encontrar literatura sobre esse assunto. Quero abordar temas como a família, amizades, doença, cuidados entre outros. Buscando sempre uma linguagem simplea tanto para o profissional de saúde quanto para leigos”, pontuou. A intenção é lançar o livro até abril de 2020.

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