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Juan Guaidó se declara presidente interino da Venezuela e é reconhecido por Brasil e EUA


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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição, Juan Guaidó, se declarou nesta quarta-feira (23) presidente interino do país e foi reconhecido pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, entre outros.
“O Brasil reconhece o Senhor Juan Guaidó como Presidente Encarregado da Venezuela”, disse o Itamaraty, em nota, acrescentando que “apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem” ao país vizinho.

O presidente Nicolás Maduro reagiu e negou deixar o poder. “Aqui não se rende ninguém, aqui não foge ninguém. Aqui vamos à carga. Aqui vamos ao combate. E aqui vamos à vitória da paz, da vida, da democracia”, disse em discurso na capital.

 O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala da sacada do Palácio Miraflores, em Caracas, ao lado de sua mulher, Cilia Flores, e do presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, na quarta-feira (23) — Foto: Luis Robayo/AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala da sacada do Palácio Miraflores, em Caracas, ao lado de sua mulher, Cilia Flores, e do presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, na quarta-feira (23) — Foto: Luis Robayo/AFP.
Maduro voltou a acusar os EUA de liderarem complô contra o regime chavista e anunciou. “Temos denunciado o governo imperialista dos EUA que dirigem uma operação para impor um golpe de estado na Venezuela. Pretendem eleger e designar o presidente da Venezuela por vias não constitucionais”, acusou. “Pode um ‘qualquer’ se declarar presidente ou é o povo que elege o presidente?”, questionou Maduro.

Declaração de Guaidó

“Na condição de presidente da Assembleia Nacional, ante Deus, a Venezuela, em respeito a meus colegas deputados, juro assumir formalmente as competências do executivo nacional como presidente interino da Venezuela. Para conseguir o fim da usurpação, um governo de transição e ter eleições livres”, disse Guaidó com a Constituição na mão e diante dos manifestantes.
A declaração aconteceu durante manifestação de opositores ao governo de Nicolás Maduro em Caracas. Chavistas também saíram às ruas para manifestar apoio a Maduro.
Juan Guaidó cumprimenta manifestantes contra Nicolás Maduro após prestar juramento e se declarar presidente interino da Venezuela — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Maduro tomou posse de seu segundo mandato presidencial no último dia 10. Poucos dias depois, a Assembleia Nacional o declarou um “usurpador” do cargo de presidente. Em seguida, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ, que é governista) considerou “nulos” todos os atos aprovados pelo Parlamento.
A oposição venezuelana e diversos países – entre eles Brasil, Estados Unidos, Canadá e os membros do Grupo de Lima – não reconhecem a legitimidade do novo mandato de Maduro, que vai até 2025. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também declarou, no dia da posse, que não reconhece mais o governo bolivariano.
Manifestantes a favor de Nicolás Maduro vão às ruas em Caracas em dia de protestos a favor e contra o regime chavista — Foto: Luis ROBAYO / AFP
Na madrugada desta quarta, horas antes das manifestações programadas, foram registrados protestos em 63 pontos de Caracas. Quatro pessoas morreram.

Países reconhecem Guaidó

Após a declaração de Guaidó, o presidente da OEA, os governos de Brasil, EUA, Colômbia, Paraguai, Peru, Canadá, Equador e Chile anunciaram que o reconhecem como presidente interino da Venezuela. Outros, como México, Rússia e Bolívia, apoiaram Maduro.
Luiz Almagro, presidente da OEA, cumprimentou Guaidó em uma mensagem no Twitter. “Nossas felicitações a Juan Guaidó como presidente interino de Venezuela. Tem todo nosso reconhecimento para impulsionar o retorno do país à democracia”, escreveu.

Em comunicado, Trump disse que usaria “todo o peso do poder econômico e diplomático dos Estados Unidos para pressionar pela restauração da democracia venezuelana” e encorajou outros governos do hemisfério ocidental a também reconhecer Guaidó.

O vice-presidente americano, Mike Pence, se manifestou por sua conta no Twitter: “A @JGuaido e o povo da Venezuela: os EUA estão com vocês e vão continuar com vocês até que a #Liberdade seja restaurada!”.
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