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Jovem cuiabano Guilherme Toyota de 18 anos é aprovado em sete universidades nos EUA


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No dia 22 de março, o jovem Guilherme Toyota, de 18 anos, recebeu uma notícia decisiva em seu futuro. Ele havia sido aprovado no curso de Ciências da Computação, na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, além de outras seis instituições americanas.

P U B L I C I D A D E

“O resultado foi disponibilizado pela UCLA no portal da universidade, mas algumas faculdades americanas não dizem onde o resultado será publicado. O site chegou a sair do ar por um momento. Quando vi a carta de aceitação comecei a gritar”, contou Guilherme.

O jovem contou ter ficado muito ansioso durante a espera do resultado, já que não acreditava que seria aceito na UCLA.

Durante esse processo, a mãe dele, a médica Carla Mayumi Toyota, foi uma das principais conselheiras e ouvintes.

“Ela [a mãe] participou muito do processo. Como eu não conhecia ninguém que estava passando pela mesma situação que eu, já que era o único da minha escola, sempre que precisava conversar, era com a minha mãe. Ela sabia que eu estava muito ansioso e inseguro”, lembrou.

Guilherme contou que, diferente de outras universidades americanas, a UCLA não mantém um programa de facilitação na entrada de alunos estrangeiros. Em 2016, 111 mil pessoas se candidataram para uma vaga na UCLA, porém apenas 12% foram aprovadas.

Para aumentar as dificuldades, o curso escolhido pelo jovem tem taxa de apenas 5% de admissões internacionais. 

“Geralmente, o interesse das pessoas é mais voltado para intercâmbios nos Estados Unidos. Tem alguns que optam pela universidade, mas não conheci ninguém de Cuiabá que vai para a UCLA. Normalmente, as universidades que facilitam a entrada de alunos estrangeiros são mais escolhidas”, avaliou.

Guilherme contou ter se inscrito em 11 universidades americanas. De acordo com ele, geralmente os interessados em cursar uma faculdade nos Estados Unidos costumam se inscrever em diversas instituições. 

“Normalmente, vale a pena ter muitas opções, porque não é um muito quantificável o ‘tipo’ de alunos que eles aceitarão. Mesmo se estiver qualidicado, isso não siginifica que a universidade quer você. Podem escolher outros participantes”, explicou. 

Apesar de ter se candidatado para uma vaga em várias universidades, a UCLA era a primeira na liste de interesses de Guilheme. Como a universidade também é a mais concorrida, o jovem contou ter “tentado por tentar”. 

“Tentei listar as faculdades onde tinha mais interesse em estudar, mas a UCLA sempre foi a primeira do meu ranking. Pensava: ‘Vou tentar. Acho que não vou conseguir, mas vou tentar’. No final acabei passando na que mais queria”, lembrou. 

Estudo nos EUA

O jovem contou que, desde a infância, sempre nutriu interesse pela cultura dos Estados Unidos, assim como pelo idioma falado no país. De acordo com Guilherme, em certos momentos ele se via conversando mais em ingês do que em português. 

Ele concluiu o ensino médio no Colégio Maxi, em Cuiabá, onde teve oportunidade de estudar por meio do High School, programa oferecido pelo colégio em que o aluno recebe dois diplomas: brasileiro e americano. 

Guilherme passou a contar com aulas em inglês com professores nativos desde o 9° ano e cursou disciplinas que completaram o currículo brasileiro.

“Sempre tive interesse pelos Estados Unidos. Interajo muito com a cultura americana desde criança, mas o que firmou minha decisão de fazer faculdade lá foi o mercado de trabalho na área de Ciências da Computação. Nos Estados Unidos, terei mais oportunidades nesse sentido”, avaliou. 

A partir do momento em que tomou a decisão de fazer faculdade fora do país, Guilherme contou que começou uma corrida em busca de informações sobre o processo seletivo das instituições americanas. 

De acordo com ele, as universidades dos EUA têm especificidades em relação ao processo de entrada dos alunos. 

Enquanto as universidades brasileiras usam a nota do vestibular para determinar quem entra e quem fica de fora, os americanos consideram uma série de outros fatores, como atividades extracurriculares, que precisaram ser desenvolvidas por Guilherme. 

“O processo é diferente. É preciso escrever redações, além de entender o que exatamente cada universidade quer do aluno, como atividades extracurriculares, a missão das instituições, que tipo de aluno elas procuram, tipo de nota, além disso, algumas vezes as demandas são específicas para cada curso”, contou. 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Guilherme Toyota

Guilherme conta que estudava de duas a três horas por dia para as provas de admissão das universidades dos EUA

Para conseguir concorrer à vaga em uma universidade americana, Guilherme precisou fazer duas provas, ainda no Brasil: o Test of English as a Foreign Language (TOEFL) e o Scholastic Aptitude Test (SAT), um dos exames mais comuns nos Estados Unidos, utilizado pelas intituições durante o processo de admissão.

No Brasil, o SAT é realizado seis vezes no ano, nos meses de janeiro, maio, junho, outubro, novembro e dezembro. Atualmente, 20 centros brasileiros estão autorizados a aplicar a prova. 

Como Cuiabá não está entre as cidades com permissão para realizar o exame, Guilheme precisou viajar para fazer o teste, que é dividido em três seções: interpretação de texto, matemática e redação. Cada seção vale 800 pontos, totalizando 2.400. 

O jovem contou que costumava estudar entre duas e três horas para as provas americanas, além de pesquisar sobre como deveriam ser escritas as redações para candiduta nas universidades. 

“Para as provas, tentei estudar de duas a três horas por dia. Após isso, já chegava em casa e começa a buscar informações sobre como teria que escrever as redações e quais atividades extracurriculares eram exigidas pelas faculdades. O SAT é realizado apenas em algumas cidades do Brasil, como Brasília e Belo Horizonte, por isso precisei viajar para fazê-lo”, disse. 

Futuro profissional

Ambos os pais de Guilherme são médicos. Por conta disso, o jovem contou que durante boa parte de sua adolescência pensou que cursaria Medicina, assim como os genitores. Há cerca de dois anos, ele percebeu que tinha mais interesse pela área de exatas e resolução de problemas matemáticos extremamente complicados.

“Sempre pensei que cursaria Medicina, mas, há alguns anos entendi que não combinava com o que eu gostava de fazer e o que imaginava para o futuro. No último ano tomei a decisão de cursar Ciências da Computação”, lembrou.

Ao decidir o futuro profissional, o jovem relata ter notado a escassez de oportunidades no mercado brasileiro. Nos Estados Unidos, o jovem pretende analisar se seguirá a área acadêmica ou oportunidades em startups americanas.

“Gosto muito de tecnologia, mas ainda não tenho nada concreto. Não sei se quero seguir a área acadêmica, se vou procurar uma startup ou algo na área privada. As startups são muito fortes nos Estados Unidos”, contou.

Startups são empresas emergentes que têm como objetivo desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio e geralmente são recém-criadas. Normalmentes, as mesmas estão ligadas à bases tecnológicas, emboram possam ser desenvolvidas em qualquer área. 

Expectativa para a vida nos EUA

As aulas na UCLA terão início no dia 24 de setembro, mas Guilherme contou que pretende viajar aos Estados Unidos alguns meses antes, para resolver algumas questões e se familiriazar com o local. Esta será a primeira vez que o jovem vai viver longe da casa dos pais. 

Porém, morar sozinho em Los Angeles não é o maior dos problemas. Guilherme contou que está ansioso pela experiência de viver em um ambiente novo e ter que lidar com pessoas que nunca havia interagido antes. 

“Não estou muito nervoso por morar sozinho. Estou mais ansioso pela experiência da universidade americana. Vou para um ambiente totalmente novo, com pessoas que nunca interagi. Vou ter que fazer novas conexões, do zero”, ressaltou. 

(MIDIA NEWS)

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