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Família multiespécie – Por Leandro Bueno


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Semana passada, estava lendo um artigo jurídico, na área de Direito de Família e me deparei com um conceito novo que nunca tinha ouvido falar: FAMÍLIA MULTIESPÉCIE. Aí, fui estudar o assunto e vi que trata-se daquela família que é formada por humanos e seus animais de estimação, quando considerados membros ou, até mesmo, filhos.

P U B L I C I D A D E

Pensando nisso, vejo que é uma ideologia que se insere dentro da visão naturalista-ateísta que combate ferozmente o especismo. Para quem não sabe o especismo é a atribuição de valores ou direitos diferentes de seres, dependendo da sua afiliação a determinada espécie.

Com efeito, reconhecer uma hierarquia entre os seres, seria para essa visão naturalista, o mesmo que autorizar uma espécie, no caso a humana, a ter todo o direito de explorar, escravizar e matar as demais espécies. Daí, a razão porque deveria o especismo ser combatido.

Ocorre que esta ideologia atual de considerar seres humanos no mesmo patamar dos demais animais mostra-se algo antibíblico, quando lemos Gênesis 1:28, onde Deus nos concedeu o mandato cultural, dizendo: “Sede fecundos e multiplica e enchei a terra e sujeita-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que se move sobre a terra.”

Ou seja, o texto bíblico nos diz que, como portadores da imagem de Deus, moldamos o mundo que nos rodeia e o adaptamos a uma diversidade de usos. Em outras palavras, somos a excelência da criação.

Neste sentido, para alguns, essa visão bíblica poderia passar uma ideia de arrogância, de prepotência, que é a visão como muitos descrentes buscam rotular quem têm fé. É como se fosse muito petulância nossa querermos ter uma visão como a bíblica que nos enaltece, diante da imensidão do universo. Mas, aí está o paradoxo do amor de Deus por nós.

Porém, nunca vi desta forma, e tenho certeza que nunca foi o plano de Deus, pois Ele odeia os altivos de coração. Na realidade, o que a Bíblia nos conclama é a termos consciência do nosso valor no mundo, nosso papel, nossa identidade. E o pensamento pós-moderno busca exatamente quebrar essa visão. Busca fazer com que sintamos que nada mais somos do que qualquer outro bicho que vagueia por este mundo, sem propósito maior algum.

A partir do que escrevi, posso afirmar que nunca vi um animal qualquer no mesmo nível de um ser humano, mas, isso, EM NADA, me tira o amor que tenho pelos bichos, o carinho e o cuidado com eles.

Concluindo, penso que temos que ter cuidado hoje com a ideologia no mundo, que pinça algumas questões de fácil apelo e simpatia perante a população, e por trás, busca incluir valores e cosmovisões, que se mostram extremamente contrários à Palavra de Deus. Todo cuidado é pouco.

Não podemos cair na ideia de que é melhor relacionarmos com bichos do que com gente, algo que a cada dia é defendido por mais gente. Isso só mostra o nível de desencontro que muitos de nós nos encontramos, e dificuldade de nos relacionarmos. Seria mais honesto reconhecermos nossas deficiências e incapacidades do que viver em uma fantasia.

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