Acre
Falta de profissionais atrasa processo de inserção de libras em escolas de Rio Branco
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Das 86 escolas de ensino infantil do 1º a 5º ano de Rio Branco, apenas 30 contam com profissionais de libras, segundo informações do Departamento de Educação Especial do município. O processo de implantação começou em 2012, e ainda faltam 56 escolas terem acesso a esse tipo de ensino.
Joaquim Oliveira, gerente do departamento, informou que este é um projeto criado pela Secretaria Municipal de Educação (Seme) e o Ministério Público do Acre (MP-AC) quando firmaram acordo através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a acessibilidade através da linguagem de sinais chegasse às escolas.
O projeto Escola Acessível, Caminhos para o Bilinguismo propõe que até 2021 todas as escolas da rede municipal de Rio Branco incluam a Língua Brasileira dos Sinais (Libras) em sua grade. O G1 também entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação mas, até publicação desta reportagem, não obteve resposta sobre os dados no estado.
“Ao longo desses anos, a gente vem inserindo libras nas nossas escolas. Agora tivemos algumas barreiras como a falta de profissionais com formação para atuar na área de libras”, explica Oliveira.
Além disso, o gerente diz que até 2016 a Seme conseguiu manter a inserção, colocando a cada ano certa quantidade de escolas no projeto, que funciona com oficinas de libras de 30 minutos, toda semana, nas turmas das 30 escolas que já receberam os profissionais.
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Até 2021, as 86 escolas devem ter os profissionais — Foto: Lu Oliveira/Centro de Multimeios
Mas, neste mesmo [2016] ano, segundo ressaltou o gestor, foram abertos concursos no estado e em órgãos federais e muitos profissionais foram contratados por esses, o que acabou prejudicando esse processo de inclusão, nos últimos três anos.
“E a gente está com essa pendência para aumentar a quantidade de escolas. A gente acredita que como outros setores abriram formação, vamos conseguir suprir as demandas”, acredita.
O responsável diz que a inserção não pode ser considerada uma disciplina na grade curricular porque teria que alcançar 60 minutos de carga horária e o tempo disponível no momento é de 30 minutos.
“Rio Branco é pioneiro na área [de inclusão] no PCCR de 2015 do município foram incluídos seis cargos de educação especial. Dentre eles, três das áreas de libras, com o tradutor intérprete, professor bilíngue, professor de libras e outros profissionais como o professor mediador, atendimento educacional especializado”, conclui Oliveira.