Conectado por

Saúde

Dia mundial de combate ao câncer: a prevenção começa pelo prato


Compartilhe:

Publicado por

em

Estudos científicos revelam que consumir produtos de origem animal pode aumentar o risco de desenvolver a doença em até 64%.

P U B L I C I D A D E

O Dia Mundial de Combate ao Câncer é lembrado amanhã (04/02), em todo o mundo, como forma de alerta conscientização para que as pessoas tenham acesso a tratamento e informações sobre a doença. Anualmente, mais de oito milhões de pessoas morrem em decorrência de algum tipo de câncer, em todo o mundo. A prevenção ainda é considerada o melhor remédio e tudo indica que ela começa no prato. Análises científicas mostram cada vez mais evidências que os fatores alimentares estão diretamente associados ao surgimento da doença.

Produtos de origem animal e o câncer
Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, já comprovou que a cada 50 gramas de carne processada consumida, o risco de câncer de cólon aumenta em cerca de 20%. Os grupos de estudos formados pela entidade analisaram mais de 800 estudos diferentes, investigando mais de 12 tipos de câncer em seres humanos, relacionados ao consumo de carne vermelha e carne processada, em vários países e com populações diversas.

“Vale a pena lembrar que o consumo de carne (de todos os tipos), no Brasil, é de 233g por dia, em média, por pessoa, que é 3 a 4 vezes mais o que as diretrizes nutricionais sugerem para a população que come carne”, esclarece o médico nutrólogo e diretor do departamento de medicina e nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), Dr. Eric Slywitch.

Dieta vegetariana e prevenção ao câncer
O Dr. Sidney Federmann acrescenta que o consumo regular e diário de leite e seus derivados, como os queijos e a manteiga, é consistentemente associado ao aumento no risco de câncer de próstata, principalmente ao câncer de próstata fatal. “A alimentação vegetariana estrita contêm centenas de componentes que provocam a morte (apoptose) das células cancerosas a partir de vários mecanismos”, analisa.

O único fator de atenção está relacionado à vitamina B12. “Como a alimentação vegetariana estrita não contém vitamina B12, recomendamos o acompanhamento periódico dos níveis dessa vitamina no sangue. E vale lembrar que a deficiência de vitamina B12 é, também, bastante prevalente na população onívora, igualmente, demandando atenção”, conclui o Dr. Federmann.

Tecnicamente falando, os cereais integrais, leguminosas, legumes e verduras, frutas, sementes e nozes, como a soja, arroz integral, milho, aveia, chás, brócolis, repolho, agrião, feijões, endívia, alho, tomate, morango, uvas têm polifenóis como kampferol, quercitina, galato de epigalocatequina, isoflavonas, miricetina, genistein, resveratrol, que inibem a captação de glicose pelas células cancerosas, causando déficit energético e levando-as à morte.

“Adotar uma dieta vegetariana é uma estratégia inteligente para a prevenção contra o câncer”, avalia o Dr. Eric. Para aqueles que ainda têm alguma dúvida sobre o assunto, os dados mostram que vale repensar os seus hábitos alimentares, pois eles podem te salvar.

SOBRE A SOCIEDADE VEGETARIANA BRASILEIRA
Fundada em 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) é uma organização sem fins lucrativos que promove a alimentação vegetariana como uma escolha ética, saudável, sustentável e socialmente justa. Por meio de campanhas, programas, convênios, eventos, pesquisa e ativismo, a SVB realiza conscientização sobre os benefícios do vegetarianismo e trabalha para aumentar o acesso da população a produtos e serviços vegetarianos. Para mais informações, acesse www.svb.org.br ou os nossos perfis no Instagram, Facebook e Youtube.

Referências/Bibliografia:

Bouvard, Véronique, et al. “Carcinogenicity of consumption of red and processed meat.” The Lancet Oncology 16.16 (2015): 1599-1600.

Domingo, José L., and Martí Nadal. “Carcinogenicity of consumption of red meat and processed meat: A review of scientific news since the IARC decision.” Food and chemical toxicology 105 (2017): 256-261.

Key, Timothy J., et al. “Cancer in British vegetarians: updated analyses of 4998 incident cancers in a cohort of 32,491 meat eaters, 8612 fish eaters, 18,298 vegetarians, and 2246 vegans.” The American journal of clinical nutrition 100.suppl_1 (2014): 378S-385S.

Tantamango-Bartley, Yessenia, et al. “Vegetarian diets and the incidence of cancer in a low-risk population.” Cancer Epidemiology and Prevention Biomarkers 22.2 (2013): 286-294.

Huang, Tao, et al. “Cardiovascular disease mortality and cancer incidence in vegetarians: a meta-analysis and systematic review.” Annals of Nutrition and Metabolism 60.4 (2012): 233-240.

Bouvard, Véronique, et al. “Carcinogenicity of consumption of red and processed meat.” The Lancet Oncology 16.16 (2015): 1599-1600.

Farvid, Maryam S., et al. “Adolescent meat intake and breast cancer risk.” International journal of cancer 136.8 (2015): 1909-1920.

Aune, Dagfinn, et al. “Dairy products, calcium, and prostate cancer risk: a systematic review and meta-analysis of cohort studies.” The American journal of clinical nutrition 101.1 (2015): 87-117.

Ref: Bradbury, Kathryn E., Neil Murphy, and Timothy J. Key. “Diet and colorectal cancer in UK Biobank: a prospective study.” International journal of epidemiology (2019).

FONTE:ASSESSORIA

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br