Conectado por

Cuiabá-MT

Cuiabá tem ‘congestionamento’ de casamentos após pandemia; Médica e noivo tinham adiado evento 3 vezes


Compartilhe:

Publicado por

em

“Nós não estamos tendo tempo de respirar”, relata aos risos a cerimonialista Cristina Mangieri de Cuiabá, que está com a agenda lotada de casamentos para os próximos quatro meses.

P U B L I C I D A D E

Ela disse que no próximo mês tem um evento por dia para atender. “No mês de dezembro, que vamos trabalhar do dia 1º ao dia 19, nós estamos com 19 eventos. Ou seja, praticamente um evento por dia. A demanda está realmente enorme. Já temos a nossa agenda lotada para janeiro e fevereiro”, afirmou.

Por conta da pandemia da Covid-19, o setor de festas precisou parar as atividades por um ano e nove meses. Contudo, com o relaxamento das medidas de segurança, o setor voltou a ‘tomar folego’ e já registra um ‘congestionamento’ de cerimônias.

“A maioria dos eventos que realizamos hoje são cerimônias adiadas por conta da pandemia. Está acontecendo um congestionamento de casamentos. Como aconteceu essa super lotação está faltando mão de obra”, afirmou a vice-presidente do Sindicato das Empresas de Eventos e Afins do Estado de Mato Grosso (Sindeventos), Beatriz Ambros.

Casamentos que tinham sido adiados foram remarcados e estão sendo realizados agora — Foto: Christiane Coelho

Casamentos que tinham sido adiados foram remarcados e estão sendo realizados agora — Foto: Christiane Coelho

Diante da situação, os casais não estão tendo muitas opções ao escolher uma data para realizar a cerimônia. “Uma pessoa que quiser se casar hoje não vai conseguir data. Inclusive, a gente não tinha o costume de realizar casamentos no domingo e, agora, a agenda está lotada sábado, domingo, véspera de feriado e no feriado”, explicou Beatriz.

O momento é de alegria com o retorno da realização de eventos, mas a cerimonialista Cristina Mangieri relata que sofreu ao ver os sonhos de muitos casais serem adiados.

“Quando voltou a acontecer os casamentos nos emocionamos muito, por estarmos vivos, com saúde e realizando o que mais gostamos de fazer. Foi sofrido principalmente para as mulheres. Mexeu muito com o emocional das noivas, porque elas me falavam, ‘eu já me imaginava amamentando um filho e eu ainda nem subi ao altar’”, relatou.

A médica Kamila Santos Lopes, 31 anos, adiou o casamento três vezes por conta da pandemia — Foto: Christiane Coelho

A médica Kamila Santos Lopes, 31 anos, adiou o casamento três vezes por conta da pandemia — Foto: Christiane Coelho

Casamento adiado três vezes

 

A médica Kamila Santos Lopes, 31 anos, adiou o casamento três vezes por conta da pandemia da Covid-19, mas, apesar de todos os transtornos enfrentados, fala com muita alegria do momento em que subiu ao altar.

“A emoção da gente ter sobrevivido, literalmente, tornou tudo mais especial. Mudamos de data três vezes, de 2 de maio foi para 24 de outubro de 2020 e, por fim, nos casamentos em 4 de setembro de 2021”.

Apesar da cerimônia ter acontecido em setembro, Kamila revela que ela e o marido, Gilson Rulim Lopes Junior, ficaram apegados a data do casamento.

“Tem uma carga emocional muito grande, a gente cria expectativa e acabamos nos apegando a nossa data, 2 de maio. Então, fomos no cartório no dia que seria o nosso casamento e nos casamos. Também fizemos uma transmissão online para nossos amigos e familiares”.

Crescimento do setor e contratações

 

Diante da grande demanda, a cerimonialista Luiza Thavares prevê que o setor gere muitos empregos em Cuiabá, no próximo ano.

“Muitos casais vão casar em 2022 porque não conseguiram achar uma data neste ano. Não tem data para o cerimonial, decoração e iluminação. Os buffets estão lotados. Então, vamos ter um número grande de novas contratações”.

Contudo, a empresária Cristina Mangieri revela que o setor enfrenta dificuldades para encontrar mão de obra qualificada.

“Vamos ter uma demanda muito grande, mas vamos ter que correr contra o tempo para qualificar mão de obra. Inclusive, estamos com uma vaga aberta, mas estamos percebendo que as pessoas estão desqualificadas. Trabalhar com esse setor é uma doação, porque enquanto as pessoas estão se arrumando para sair e se divertir a gente está se arrumando para ir trabalhar”, explicou.

G1.globo.com

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br