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Política

Cena de crime + Abraço dos afogados + Campeão de votos + Expedito tem dois entraves


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Cena de crime

A Justiça terá que trabalhar em turnos extras se resultar em queixa ou notícia-crime toda crítica, meia verdade, suposição ou ofensa pronunciada por um candidato aos diversos cargos em disputa nas eleições de outubro – presidente e vice, governadores e vices, senadores e suplentes, deputados federais e estaduais.

P U B L I C I D A D E

Se no geral a Justiça tarda, em questões eleitorais é bem rápida. Por conta disso, apesar de piorar ainda mais a imagem do Brasil no exterior, a troca de notícias-crime entre as Forças Armadas e o PDT sobre ácidas declarações do presidenciável Ciro Gomes sobre a Amazônia podem andar rapidamente e trazer luzes sobre as causas das tragédias ambientais e humanas que ocorrem em séculos de exploração da floresta.

Aliás, acompanhar o que vai acontecer com as notícias-crime talvez demore um pouco e justifique a releitura do livro “À Margem da História”, de Euclides da Cunha, que mostra a visão de um militar (e também um dos mais importantes intelectuais brasileiros) com estudos francos e objetivos sobre a Amazônia.

Brigas e declarações oportunistas eleitorais à parte, que a releitura ajude a compreender melhor o grande desafio que a região representa e traga esclarecimentos sobre o estágio real do combate ao crime organizado não só na floresta, mas também nos espaços urbanos, pois não são compartimentos estanques. O Brasil, infelizmente, ainda é uma vasta cena de crime.

Abraço dos afogados

Se o deputado federal Mauro Nazif (PSB) confirmar sua candidatura ao Senado como pretende, na ilusão de uma nova onda Lula ajudando a Frente Democrática rondoniense, vai acabar mesmo rachando de vez o eleitorado em Porto Velho nesta disputa protagonizando possivelmente o chamado “abraço dos afogados” com Mariana Carvalho (Progressistas). Neste momento a tucaninha que virou a casaca para o bolsonarismo está melhor estruturada que Nazif no interior – tem até um jatinho na sua campanha – mas na capital acaba levando desvantagem com o ex-prefeito no seu segmento de votos. Peleja de canibalismo puro.

Tem desgaste

Mariana abandonou o PSDB deixando o partido até a tampa em dívidas indicando uma péssima administração e nem contas prestou na despedida. Não bastasse, na troca de partido, se transferindo para os Progressistas, a parlamentar acreditava que teria o bolsonarismo a seu favor no interior do estado, mas acabou sendo rechaçada e até taxada de “comunista” pela extrema direita toda focada em Jayme Bagatolli. Enfim, ela tem um embate difícil no interior –onde estão dois terços do eleitorado do estado – onde ficará em clara desvantagem contra Bagatolli, Raupp e Expedito

Em conversações

Com a possível desistência de disputar o governo estadual de Confúcio Moura (MDB), nos bastidores já se fala numa grande coalizão para enfrentar os candidatos bolsonaristas Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) em Rondônia. A escalação do “Frentão” teria o deputado federal Leo Moraes (Podemos-Porto Velho), um vice de Ji-Paraná e o possível apoio de dois ex-governadores, Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB). Era o que estava faltando para Leo se viabilizar se tornar um dos favoritos para uma das duas vagas ao segundo turno. Má notícia para os dois Marcos, o Rocha e o Rogério. Leo vem reforçado até o talo no interior.

Campeão de votos

Muitos adversários considerando o ex-senador Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura), depois que o governadoravel Marcos Rogerio (PL-Ji-Paraná) acertou os ponteiros com Jayme Bagatolli (PL-Vilhena), um desprezado sem teto e sem chances na eleição ao Senado 2022.  Mas caso os interessados se debrucem nos mapas eleitorais dos últimos pleitos vão constatar que Expedito é um campeão de votos nos pequenos e médios municípios rondonienses e não depende nem de Rogério e tampouco de Bolsonaro para emplacar um mandato em Rondônia. E é beneficiado pela fragmentação causada por tantas candidaturas ao mesmo cargo.

Dois entraves

No entanto, Expedito tem dois entraves, nas minhas contas. O primeiro é a capital, que conta com um terço do eleitorado rondoniense onde ele foi até oculto nos palanques na campanha do prefeito Hildon Chaves (PSDB).  Hoje ele estaria fora de combate na capital, mas é uma situação que pode ser revertida e compensada se Porto Velho se dividir em vários candidatos ao Senado (Mariana, Nazif e outros se canibalizando por aqui). O segundo entrave de Junior é Valdir Raupp, pois em confronto direto com o barbudo nos seus redutos (Zona da Mata e Região do Café) Expedito leva nítida desvantagem.

Via Direta

 *** Impressiona o número de adolescentes desaparecidas em Porto Velho nos últimos anos. Existem casos insolúveis a mais de 13 anos na capital rondoniense *** As lideranças políticas do Amazonas estão em pé de guerra com o comando nacional do Dnitt pela transferência da responsabilidade de vários trechos da BR 319 no vizinho estado para o DNIT rondoniense *** A bem da verdade, o organismo rondoniense não dá conta nem das suas responsabilidades com as rodovias federais no estado quem dirá assumir obras no estado do Amazonas *** Acredita-se que a renúncia do comando do PSDB em Rondônia do prefeito Hilton Chaves veio por influência recomendada pelo Diretório Nacional e a decisão abre caminho para o candidato ao governo do partido José Guedes assumir o tucanato rondoniense *** O problema é o legado de dívidas oriundo de campanhas passadas.

Autor:   Coluna Sperança

Fonte: Gente de Opiniao

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