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Base governista se revolta com o Palácio Rio Branco após derrubada de emenda e promessa de aumento nos valores dos plantões dos técnicos de enfermagem


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Uma polêmica envolvendo o não aumento dos valores dos plantões dos técnicos de enfermagem tem causado intensos debates na Assembleia Legislativa. Os deputados da base governista demonstraram indignação com a atitude do Palácio Rio Branco, que sinalizou o envio de um projeto de lei para aumentar, por conta própria, o valor dos plantões em 30%.

P U B L I C I D A D E

O deputado Tadeu Hassem (Republicanos) foi o primeiro a abordar o assunto durante uma manifestação dos técnicos em saúde em frente à Assembleia Legislativa. Ele expressou sua posição em relação ao tema e revelou que os técnicos não receberam o aumento no valor dos plantões, mas o governo prometeu enviar um Projeto de Lei (PL) à Aleac para corrigir essa situação, após um desgaste considerável.

A exclusão dos técnicos em saúde do reajuste dos plantões gerou uma série de manifestações. A maioria dos profissionais da área médica teve um aumento de 30% nos plantões, porém esse segmento específico não foi contemplado. Os representantes do governo haviam assegurado aos deputados que algo seria feito pelos técnicos, mas isso não aconteceu, resultando na votação. Os membros da base aliada mantiveram sua posição fiel, mas muitos deles demonstraram arrependimento.

O deputado Gilberto Lira (União Brasil) decidiu expor sua insatisfação e afirmou que permaneceu em silêncio durante a votação dos plantões dos técnicos por fazer parte da base aliada, porém lamentou a postura do governo nessa questão. “Hoje, para minha surpresa, era esperado que chamassem os deputados que mais foram criticados aqui, chamados de inimigos da saúde”, criticou o parlamentar, indignado por não ter sido informado sobre o PL.

“Eu faço parte da base e voto a favor, mas não vou aceitar esse tipo de coisa. Temos que ser honestos, que sejam honestos conosco, da base. Aqui está o meu repúdio”, desabafou. “Fui tão criticado que saiu em todos os jornais que eu estava comendo pipoca e chocolate, mas não comi, pois estou de regime”, acrescentou.

Em resposta, o deputado Arlenilson Cunha (PL) endossou o discurso de Lira, afirmando que havia um acordo de que os técnicos seriam assistidos.

Diante da revolta da base, a Líder do Governo, deputada Michele Melo (PDT), exigiu uma reunião com todos os deputados da base aliada para discutir a relação com o governo.

Após a exposição de tensões acaloradas no parlamento, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) destacou a atitude inédita dos deputados Tadeu Hassem e Gilberto Lira. Ele considerou que o posicionamento deles foi pedagógico. “Em governos, de vez em quando, há grupos que tomam conta e controlam e há uma tendência do governo de terceirizar muitas questões”, disse.

mas o que presenciamos na Aleac foi algo além disso. É preocupante quando a falta de sensibilidade toma conta do governo, que se arroga o direito de falar em nome do governador, mesmo sem autorização”, ressaltou Magalhães, acrescentando que Lira e Hassem enviam uma mensagem clara aos irresponsáveis, exigindo que sejam mais humildes.

O deputado enfatizou que o que ocorreu foi uma exposição desnecessária e traiçoeira dos aliados na Aleac. “Disseram à base que não sabiam o custo de um plantão, cujo impacto é de R$ 320 mil”, declarou, lembrando que sua emenda, que beneficiaria os técnicos, foi derrubada por questões políticas, deixando os aliados expostos.

Em resposta, o deputado Tanízio Sá destacou que houve um erro, mas que já foi corrigido. “A diferença entre o senhor e os deputados Tadeu e Lira é que o senhor não recebeu as críticas que eles receberam.”

Com os ânimos exaltados no parlamento, fica evidente a insatisfação da base governista diante da derrubada da emenda e da promessa do Palácio Rio Branco de enviar um projeto de lei unilateral para aumentar o valor dos plantões dos técnicos de enfermagem. O impasse revela a tensão existente entre o governo e seus aliados, enquanto os profissionais de saúde aguardam por uma solução que atenda às suas reivindicações. O desfecho dessa situação promete ser determinante para a relação entre os poderes e para a própria credibilidade do governo estadual.

O Nortão

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