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Após quatro meses a espera de aparelho de R$14 mil, criança que não podia mamar será submetida a cirurgia no PSM


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Depois de quatro meses internada no Pronto Socorro Municipal (PSM) de Cuiabá, Gabrielli Aparecida Mendes Viana, hoje com cinco meses de vida, deverá ser submetida a uma cirurgia na próxima quarta-feira (3), e poderá se alimentar sem sonda.

P U B L I C I D A D E

A menina nasceu no dia 27 de abril em Cáceres (a 222 quilômetros de Cuiabá). A mãe, Sandra Mendes da Silva, disse ao Olhar Direto que só soube da condição da filha quando ela nasceu. Desde que então, a criança nunca mamou por conta de sua deficiência na mandíbula. Sem estrutura necessária para realizar a cirurgia no município, Gabrielli teve que ser transferida para o PSM. 
 
Segundo relatório do PSM, a menina apresenta fenda palatina, uma abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, e micrognatia, deformação da mandíbula inferior, que é menor do que o normal. 
 
Encaminhada aos serviços do setor de Cirurgia Bucomaxilofacial para avaliação, foi constatado que a unidade e o Hospital Geral possuem uma equipe multidisciplinar para realizar o procedimento, porém é necessária a aquisição de dois detratores.
 
Sandra entrou com um pedido na Justiça para que o Estado comprasse o aparelho. O Estado, no entanto, contestou a decisão judicial em agosto para não comprar dois aparelhos que custariam R$14 mil. Já no mês de setembro, os aparelhos foram adquiridos e Gabrielli deverá passar pela cirurgia.
 
Ela que é moradora de Cáceres, deixou o marido e filhos para se dedicar aos cuidados da filha na capital. “Só com o amor pelo filho que você fica assim. Tudo é por amor, para ver a filha tranquila, feliz, crescer… ela vai desenvolver. Estou feliz porque agora eu sei o dia que ela vai ser operada e ficar boa. Daqui uns dias ela vai aprender a mamar, vai aprender a degustar o leite e vamos embora recomeçar a vida”, relatou.
 
Emocionada, ela também lembra o período que permaneceu longe dos filhos e marido. “Quatro meses distante dos meus filhos, do meu esposo que não pode estar vindo direto para me ver, vê minha filha porque tem que trabalhar. Mas estou muito feliz pela experiência que eu passei por aqui. Muitas pessoas boas passaram pela vida minha. Quero agradecer”, contou.

Gabriele é portadora da síndrome de Pierre Robin, uma doença rara que se caracteriza por anomalias faciais como mandíbula diminuída, queda da língua para a garganta, obstrução das vias pulmonares e fenda no palato. A doença não tem cura, porém existem tratamentos que ajudam o indivíduo a ter uma vida normal e saudável.
 

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