Conectado por

Justiça

Após paralisação, Justiça determina retorno parcial dos ônibus em Porto Velho


Compartilhe:

Publicado por

em

O Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (TRT14) determinou, na tarde desta quarta-feira (8), o retorno parcial do transporte coletivo em Porto Velho. Motoristas e cobradores de ônibus decidiram paralisar o serviço após descumprimento do Consórcio SIM.

P U B L I C I D A D E

A paralisação teve início na manhã desta quarta por problemas de negociações salariais, segundo Secretaria de Trânsito Mobilidade e Transporte (Semtran). A pasta afirma, ainda, que a paralisação foi deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sitetuperon).

Os grevistas se concentraram na sede do sindicato durante todo o dia. O presidente do Sitetuperon, Francinei Oliveira, afirma que a decisão aconteceu após assembleia realizada junto à categoria.

“Em acordo coletivo, ficou acertado um reajuste de 4% nos salários. A empresa obedeceu o acordo e pagou os quatro meses subsequentes de maneira correta. Só que, nesse mês, cortou os 4% e descontou os reajustes dos meses anteriores. Foi um impacto grande nos salários de agosto da categoria”, descreve o presidente do sindicato.

A aposentada Iane Leonor esperou mais de uma hora em parada de ônibus.  (Foto: Pedro Bentes/G1)

A aposentada Iane Leonor esperou mais de uma hora em parada de ônibus. (Foto: Pedro Bentes/G1)

No fim da tarde desta quarta-feira, o TRT14 determinou que o sindicato garanta o retorno de no mínimo 90% da frota em horário de pico, no período das 6h às 20h, e de 70% nos demais horários.

Em caso de descumprimento da ordem, conforme decisão judicial, será aplicada multa de R$ 100 mil por dia, além de R$ 10 mil por veículo público. O Sitetuperon afirma que caberá a cada funcionário a decisão de retornar ao posto de trabalho na próxima quinta-feira (9).

Em nota, o Consórcio SIM, que administra o serviço de transporte público na capital, afirma que mantém o salário em dia e todos os benefícios trabalhistas. Informou, inclusive, que foi surpreendido pela paralisação dos trabalhadores, mas que tenta negociações para o retorno imediato do serviço à população.

Quem sofre?

Para quem depende do transporte público o dia foi de surpresa. Até o fim da tarde, horário de retorno para casa, ainda era possível ver usuários à espera de ônibus. Foi o caso da aposentada Iane Leonor, que aguardou por mais de uma hora.

“Saí de casa nessa tarde. Não sabia que os ônibus estavam paralisados. Vou ter que esperar. Mas acredito que eles têm razão. Eles trabalham para receber”, refletiu a aposentada.

Em meio à paralisação, as pessoas que precisaram do transporte coletivo tiveram que buscar alternativas de locomoção.

Com ônibus em greve, usuários recorreram à formas alternativas de locomoção.  (Foto: Pedro Bentes/G1)

Com ônibus em greve, usuários recorreram à formas alternativas de locomoção. (Foto: Pedro Bentes/G1)

“Como moro no Bairro Nacional e estou no Centro vou ter que pegar um táxi compartilhado. Não dá para ir a pé”, afirma a terceirizada Francisca Santos.

Essa é a segunda vez, em menos de um mês, que a categoria paralisa o serviço. A última aconteceu em 10 de julho, após manifesto contrário a prática do “táxi compartilhado” em Porto Velho.

Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br