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A era do estreitamento entre o nascimento e a morte


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” Perdemos tempo reproduzindo uma realidade para justificar a solidão “, diz Fabiano de Abreu

P U B L I C I D A D E

O escritor, filósofo, pesquisador e SEO em uma empresa de mídia social Fabiano de Abreu discorreu sobre a era do estreitamento entre o nascimento e a morte pois, para ele, perdemos tempo reproduzindo uma realidade para justificar a solidão.

 
“Perdemos tempo publicando na internet o que chamo de: “máscara de uma vida social perfeita”, que é o que queremos passar para a sociedade com um propósito de aceitação, por quê? Porque estamos sós. Em resumo perdemos tempo reproduzindo uma realidade para escapar do mal que assola a humanidade, a solidão. E se pensarmos que quando morrermos tudo isso cairá no esquecimento, que foi tudo em vão, perceberemos o quanto perdemos tempo com coisas fúteis enquanto poderíamos estar observando melhor o que a vida tem e pode nos proporcionar.” disse o escritor 
 
“Postei essa observação e uma modelo famosa respondeu: ‘Acho que o que nos faz feliz é o que importa. Ou seja, me faz feliz ficar postando, me faz feliz estar amando um visual e ficar publicando na internet’. Existe percepções que não são discutíveis e que está dentro de uma razão. Se a mulher se veste bem para o seu marido ou para sua família, ela não publicaria em uma rede social para que todos vejam. Portanto não tem outra explicação com a rede social que não seja a necessidade de ser vista pela sociedade. Se isso a faz feliz não importa porque a pessoa se sustenta na possibilidade de estar sendo notada. Mas na verdade ela está em uma solidão atrás de um aparelho. Ou seja, é uma necessidade. Quem tem uma felicidade plena tem tempo de estar na mídia social postando? Ou a cultura está transferindo tudo isso?”, indaga o especialista.
 
Fabiano de Abreu reitera sua percepção de que a mídia social é unicamente para quem quer ser visto e quem quer ser mostrado: “Isso é um fato! A pessoa cria circunstâncias, situações e só posta o que é feliz. A mídia social é a ideia que a pessoa quer mostrar para que o mundo veja dela. Que sua vida é linda, maravilhosa e perfeita. Isso é a mídia social, sendo que a cultura social está fazendo com que isso seja uma obrigação. As pessoas que não tinham necessidades de serem vistas acabam se rendendo à mídia social porque já se tornou uma obrigação cultural. Como se você estivesse fora da sociedade. Então o que está resultando tudo isso? Em uma completa solidão. E quando a pessoa perceber a vida já passou e ela não dedicou seu tempo para respirar, para poder observar, para poder perceber, para poder ter conhecimento e não ser preso a uma única realidade”. 
 
“Essa necessidade cultural da mídia social para mim é perigosa e o futuro pode ser muito perigoso. Podemos ser dementes como máquinas. Então temos que pensar em tudo isso pois o exagero não é bom em nada. Até água se você beber exageradamente não faz bem. Tudo na vida precisa de um meio termo, assim como a internet. Isso está resultando em um futuro trágico de solidão e até mesmo uma anti-procriação. Estamos perdendo a natureza. A tecnologia afastou o ser humano da natureza, mas a natureza é de onde viemos. Afastar-se dela é perder a identidade e começar uma contagem regressiva para o fim”, alerta o escritor, filósofo e pesquisador histórico.
 
“A partir do momento que nós não notamos a natureza e não cuidamos dela, vamos acabar com ela e se ela acabar não vivemos, não respiramos, não comemos e será o fim da humanidade. Esta é a teoria, mas e qual sua solução? A solução está na educação. É educando crianças para saberem diferenciar, para saberem moderar, fazer com que isso seja de modo moderado. Senão teremos seres humanos dementes no futuro”, finaliza Fabiano de Abreu.
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