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Opinião

Uma nova era para Rondônia: autoridades precisam se unir para pensar no Estado


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Tudo aponta para a condução de Marcelo Cruz, do Patriota, para o posto de presidente da Assembleia (ALE/RO) pelo próximo biênio. Com isso, a máquina precisa rodar com foco na sociedade e na estrutura das cidades

P U B L I C I D A D E

Fim do esperneio sobre resultado das eleições, que infelizmente teve de ser encerrado por força de decisão judicial, prevaleceu, de novo – como sempre –, o Estado Democrático de Direito.

Sofreu baques, sim; fora atacado, alvo de terrorismo doméstico, inclusive em Rondônia, cambaleou, portanto, porém jamais envergou.

Para um País que sofreu 21 anos ininterruptos com a amarga ditadura militar, dobrar-se para pequenas células desarranjadas formadas por golpistas civis completamente desorganizados e sem a mínima compreensão legal de seus pedidos, como a inexistente “intervenção militar constitucional”, foi fichinha.

Gerou incômodos? Muitos. Especialmente às Forças Armadas, que, ao optarem por não se ajoelharem às” “marmotagens” do autodeclarado e famigerado “cidadão de bem”, hoje são alvos da sanha derrotista e infantil de quem ainda, lamentavelmente, não aprendeu a perder.

Superada essa fase esquisita, Lula, do PT, é o presidente da República; Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, é governador de Rondônia, de novo; e provavelmente Marcelo Cruz, do Patriota, será escolhido como presidente da Assembleia (ALE/RO) no dia 1º de fevereiro por seus pares. No último caso, leva-se em conta os fortes indicativos advindos dos corredores do Palácio Marechal Rondon, sede do Legislativo estadual.

E Hildon Chaves, correligionário de Rocha, comanda, já pela segunda vez, a Capital rondoniense; há outros 51 chefes do Executivo municipal esperando para começar a tratar sobre políticas públicas com todas essas autoridades mencionadas.

Isto porque quarta-feira que vem começa, de verdade, o ano de 2023.

O Rondônia Dinâmica já abordou o assunto em outros editoriais, mas, reforça, deveria ser prioridade de todos eles se posicionarem e agirem, apresentando feedback publicamente, junto às instituições de fiscalização e controle a fim de trazer à população respostas sobre as ofensivas de 2022.

O terror impetrado com incêndios criminosos em caminhões de empresas e ônibus de passeio; ataques a meio de comunicação; derramamento de óleo diesel proposital nas rodovias; emperramento de estradas; ofensas e agressões a policiais; descumprimento de ordens judiciais e daí por diante.

Seria um belo pontapé inicial.

Para além disso, trazer à roda, imediatamente, possibilidades para solucionar o faroeste a céu aberto presenciado diariamente no noticiário local.

Questão de Segurança Pública tem de ser levada a sério, com rigor. Responsabilizar quem cometeu crimes é de suma importância à manutenção da convivência plena e harmônica, mas a prevenção ainda é o melhor meio para coibir sequelas extraídas desses ilícitos.

O bang-bang tem de acabar, para ontem.

E a infraestrutura dos municípios precisa de um retorno do poder público: não é possível conceber que, ano após ano, década após década, uma única chuva, ainda que torrencial, consiga deixar uma cidade debaixo d’água.

Não é tolerável o fato de uma única chuva conseguir criar uma cratera em via pública, vazando rio de forte correnteza.

Hospitais mais estruturados; novas unidades de saúde; escolas mais acolhedoras, educação de qualidade; merenda, atenção psicossocial para crianças e adolescentes.

As diferenças ideológicas precisam sair dessa retórica de televisão dando lugar às práticas. Não há povo que se beneficie só de conversa dicotômica a respeito de direita e esquerda.

Todos esses agentes mandatários em seus respectivos seios administrativos têm consciência de suas responsabilidades.

Portanto, trazer também Ministério Público do Estado (MP/RO), Ministério Público Federal (MPF/RO) e Tribunal de Contas (TCE/RO) para perto em vez de temê-los, de criar receios descabidos em volta da gestão pública, também contribuiria sobremaneira para um futuro menos problemático, mais desenlaçado.

Lula, Marcos Rocha, Hildon (representando aqui os outros 51 prefeitos) e talvez Marcelo Cruz necessitam ir além. Priorizar o comezinho, claro, levando a cabo mudanças estruturais; tirando um pouco do peso demagógico que se tornou palatável às plateias destras e canhotas ao se debruçarem com afinco ao binarismo pátrio.

Tirar do papel. Tirar do microfone. Tirar do Twitter. Tirar do Facebook. Apresentar mais. Explicar mais. Corresponder muito mais.

São pessoas eleitas democraticamente e absolutamente capazes de desenvolver Rondônia como nunca. E que tenha boa sorte no intento.

Agora sim, Feliz 2023 – de fato.

RONDONIADINAMICA

 

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