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Tuberculose tem novas tecnologias de diagnóstico


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Kit desenvolvido pela UFMG e teste molecular agilizam diagnóstico.

P U B L I C I D A D E

O diagnóstico da tuberculose é um desafio para as autoridades de saúde. O maior problema ainda é o tempo que leva para sair o resultado dos exames laboratoriais, que pode durar até 60 dias, além da necessidade de conhecimentos técnicos avançados e recursos humanos qualificados.

A mais recente pesquisa é um kit para detecção se a bactéria que transmite a tuberculose (Bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis) é resistente aos medicamentos utilizados no tratamento dos pacientes. Esse kit foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais, por meio de pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Micobacterioses/Faculdade de Mediciana/CNPq/UFMG, que transferiu a tecnologia para a indústria nacional e já está disponível no mercado. A coordenadora da pesquisa, Dra Silvana Spíndola de Miranda, especialista em pneumologia e tisiologia, palestrante do MEDTROP-PARASITO 2019, salienta que “esse kit é bem mais rápido e fácil de executar do que os métodos convencionais. Ele diminui o tempo e ajuda na liberação do diagnóstico de resistência aos fármacos utilizados no tratamento da tuberculose e o resultado pode sair em até 14 dias”.   

Outro aliado na luta para o diagnóstico da tuberculose são os testes moleculares, ou seja, eles testam o DNA da micobactéria que transmite a doença. Desde 2014 o Ministério da Saúde, em convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), incorporou o teste rápido molecular no Sistema Único de Saúde (SUS) e garantiu maior rapidez no diagnóstico.          

Registros – A tuberculose está entre as 10 principais causas de morte no planeta e segue como um grave problema de saúde pública em todos os países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença infecciosa de agente único que mais mata, superando o HIV. Em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram de tuberculose no mundo, e cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença.

No Brasil, foram registrados 69.569 casos novos em 2017 e 4.426 óbitos por tuberculose em 2016. A estimativa do Ministério da Saúde é que em 2018 foram registrados 72,8 mil casos novos no país. As cidades com maior incidência da doença no país são Manaus, Rio de Janeiro e Recife. 

Doença –. A tuberculose é uma infecção que se instala geralmente os pulmões, mas pode também atingir ossos, rins e até a meninge, membrana que envolve o cérebro. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A transmissão é por via aérea e ocorre a partir da inalação de partículas que contém os bacilos durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea). A tuberculose tem cura e o tratamento é oferecido exclusivamente pelo serviço público de saúde. Os sintomas são tosse por mais de 3 semanas, fadiga, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Homens entre 25 e 40 anos são os mais afetados. As populações mais vulneráveis à doença são indígenas, pessoas privadas de liberdade, pessoas que vivem com HIV/Aids e pessoas em situação de rua.   

Congresso –  O MEDTROP-PARASITO 2019 é a realização simultânea do 55º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, do XXVI Congresso Brasileiro de Parasitologia, da 34a Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas e da 22ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses e do CHAGASLEISH 2019. O tema do congresso “Convergência e inclusão: em busca de soluções sustentáveis para o diagnóstico, tratamento e controle das doenças tropicais” abre perspectivas para a integração da ciência, educação e tecnologia buscando, na interdisciplinaridade, benefícios para a saúde, para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade. De 27 a 31 de julho, na UFMG, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Colaboradora: Silvana Spíndola de Miranda – professora da UFMG, especialista em pneumologia e tisiologia

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