Tanatofobia: Conheça o que é o medo extremo da morte

Ter medo de morrer é algo completamente normal, e que inclusive é saudável até certo ponto, pois impede que a pessoa coloque sua própria vida ou a vida de outras pessoas em risco caso não tenha esse receio, se colocando em situações de risco. No entanto, quando esse temor é excessivo, é nomeado de tanatofobia.

Medo de morrer pode ser patológico

A tanatofobia ou necrofobia consiste no medo excessivo da própria morte ou da mortes de pessoas próximas ao indivíduo. Neste estado, o pensamento sobre a morte toma conta de praticamente todo o tempo da pessoa, resultando em impactos negativos na sua rotina. É comum que indivíduos com tanatofobia se recusem a comparecer em eventos funerários ou até mesmo evitar conversas sobre pessoas que já morreram. Outro receio comum nas pessoas com tanatofobia é o medo em relação à decomposição do corpo após a morte.

A tanatofobia pode causar sintomas variados.

– Emocionais: medo de visitar hospitais, velórios, cemitérios e até mesmo pessoas doentes. Pensamentos aterradores sobre a morte. Preocupação constante sobre o medo da morte. Pode desencadear alterações na rotina, levando a pessoa a deixar de dirigir, de viajar de avião, usar transporte público, caminhar pela rua ou fazer qualquer atividade que considere potencialmente mortal. Culpa, tristeza e raiva constantes também podem estar presentes.

– Físicos: o tanatofóbico pode ter constantes náuseas, palpitações e tremores, além de sensação de asfixia. Ao receber a notícia do falecimento de alguém ou presenciar alguma cena que remeta à morte, ele pode ter fortes tremores, pânico, sudorese e crises de choro. Durante um episódio de pânico o tanatofóbico pode ter a sensação de que está morrendo.

– Mentais: medo de enlouquecer, dificuldade na distinção entre realidade e fantasia, pensamentos mórbidos constantes.

Para um tratamento adequado, é preciso primeiro descobrir as causas. Crenças, eventos traumáticos e diversas circunstâncias podem causar este tipo de transtorno. Entre as razões mais comuns estão experiências como acidentes, ataques violentos, abusos, doenças graves, morte de um ente querido ou de uma pessoa muito próxima, e até mesmo crenças religiosas.

O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde mental, que fará uma avaliação minuciosa do quadro. Tratamento psicoterapêutico, técnicas de relaxamento, grupos de apoio e a compreensão da família e dos amigos são partes importantes do processo de recuperação.

Quando apresentam melhora mas ainda não querem estar presentes em cerimônias fúnebres, os tanatofóbicos podem optar por enviar homenagens às pessoas queridas falecidas, sem necessariamente estar presente. O envio de coroas de flores é uma boa solução, visto que podem ser compradas pela internet. Diversas lojas virtuais especializadas permitem que a coroa seja encomendada de qualquer lugar e entregue, por exemplo, em Brasília no Cemitério Campo da Esperança.