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Soja trabalha com pequenas altas em Chicago nesta 3ª se ajustando após últimas baixas


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Os preços da soja têm leves altas na manhã desta terça-feira (30) na Bolsa de Chicago. Perto de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1 e 1,50 ponto, com o maio valendo US$ 8,48 por bushel.

P U B L I C I D A D E

O mercado busca se recuperar depois de novas baixas que foram registradas na sessão anterior, quando encerrou o dia perdendo mais de 6 pontos e o março abaixo dos US$ 8,50, mas segue ainda muito estável e sem oscilações mais agressivas.

As atenções dos traders ainda mantêm o mesmo foco, com um olho nos encontros entre líderes chineses e americanos e o outro nas condições de clima dos EUA, que ainda são desfavoráveis em boa parte do Corn Belt neste momento.

O plantio da soja nos EUA foi concluído, até o último domingo (28), em 3% da área, de acordo com números do boletim semanal de acompanhamento de safras reportado nesta segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O índice ficou ligeiramente abaixo da média esperada pelo mercado de 5%. Na semana passada eram 1%, no ano passado 5% e na média plurianual, 6%.

O estado da Louisiana continua sendo o mais adiantado, com 24% da área já semeada, porém, atrasado em relação a 2018, quando eram 38% e frente aos últimos cinco anos, que tem média de 43%. Alguns estados como Indiana e as Dakotas ainda não registram percentuais de plantio.

A demanda fraca é outro fator de pressão sobre as cotações, com a Peste Suína Africana preocupando muito na China e em demais países onde também tem sido detectada.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Soja: Novas baixas em Chicago promovem perdas de até 2% no interior do BR, apesar do dólar

A demanda mais lenta e que preocupa o mercado internacional mais uma vez pesou sobre os preços da soja na Bolsa de Chicago e os futuros da soja fecharam o pregão desta segunda-feira (29) em queda. A commodity ampliou suas perdas e o dia terminou com mais de 6 pontos de queda nos principais contratos negociados neste momento.

No Brasil, os negócios ainda são poucos diante dos preços também pressionados e o que mantém as cotações ao menos sustentadas tem sido o mercado cambial. “O que continua segurando os preços da soja no Brasil é o dólar”, disse o diretor da Cogo Inteligência em Agronegócios, Carlos Cogo.

Neste início de semana, os preços até chegaram a ensaiar uma recuperação nas referências dos portos. Em Paranaguá, a soja disponível fechou com US$ 75,30 e alta de 0,40 por saca, enquanto o maio ficou estável nos R$ 76,00. Em Rio Grande, ganho de 0,41% no spot, para R$ 74,30, mas baixa de 0,27% no mês seguinte, que fechou com R$ 74,60.

Apesar do dólar em alta nesta segunda, no interior, as cotações da oleaginosa sentiram o peso das baixas mais intensas e Chicago e chegaram a perder até 2,32%, como foi o caso de Rondonópolis, em Mato Grosso, onde a saca foi a R$ 67,40. Em Sorriso, a referência é de 62,00. Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás também viram seus indicativos recuarem.

O mercado brasileiro de soja continua lutando entre a pressão exercida pelo mercado em Chicago – que amargou novas baixas neste início de semana, com o março/19 perdendo a importante referência dos US$ 8,50 por bushel – e a volatilidade do dólar. Nesta segunda, a moeda americana terminou a sessão no Brasil com R$ 3,94.

Paralelamente, a demanda também está um pouco mais desaquecida do que se observava há alguns meses, o que também limita uma reação mais agressivas dos prêmios. A posição junho perdeu 5,26% nesta segunda-feira e ficou em 36 cents de dólar sobre os valores da CBOT. As posições abril e maio não se movimentaram, fechando com 30 cents nos dois casos.

Neste cenário, a comercialização fica travada e os produtores, cautelosos, como explicam analistas e consultores de mercado. Afinal, essas baixas já vêm se arrastando há alguns dias.

“Apesar da postura retraída de vendedores nacionais e da alta do dólar, os preços domésticos da soja caíram ao longo da semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio da queda nos preços externos, que reduziu a paridade de exportação de soja no Brasil”, informou um alerta da instituição neste 29 de abril. Entre 18 e 26 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 0,7%, a R$ 76,11/saca.

Mercado Internacional

Na Bolsa de Chicago, como já dito, a pressão maior vem da demanda mais lenta neste momento. Os impactos da Peste Suína Africana (PSA) na China, maior compradora mundial da oleaginosa, têm sido bastante severos, além de se estenderem por outros países já em três continentes.

As preocupações com a doença versus o consumo de soja têm se agravado, principalmente por se dar em meio ao conflito comercial entre China e EUA que ainda está em andamento. Nesta semana, uma delegação americana está em Pequim para uma nova rodada de conversas e, na semana seguinte, chineses vão a Washington para dar continuidade às negociações.

Um acordo, porém, ainda é uma grande incógnita no mercado. Há a possibilidade de que o próprio Xi Jinping estaria disposto a fazer algumas concessões para tentar impulsionar as conversas e chegar um acordo com o governo de Donald Trump.

As informações, porém, ainda estão no campo dos rumores e o mercado já não especula tão profundamente sobre elas, desgastados por notícias não confirmadas em mais de um ano. Na próxima semana é a vez dos chineses voltarem a Washington.

“Enquanto assuntos-chave continuam a ser discutidos, há pontecial para que um acordo aconteça mais de um ano depois do início do conflito”, diz o analista internacional Bryce Knorr, da Farm Futures.

Do USDA, nesta segunda, vieram números dos embarques semanais norte-americano em linha com o esperado pelos traders, o que também não contribuiu com o mercado.

Os EUA embarcaram 491,6 mil toneladas de soja na semana encerrada em 25 de abril e os números ficaram dentro das expectativas do mercado, que variavam de 330 mil a 540 mil toneladas. Em todo o ano comercial, os embarques da oleaginosa somam 31.542,177 milhões de toneladas, contra mais de 43 milhões do ano passado, nesse mesmo período.

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