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Seringueiro concorre a prêmio internacional por trabalho sustentável com borracha no Acre


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Dr. da Borracha, como é conhecido o seringueiro José de Araújo, concorre a prêmio internacional por trabalho desenvolvido em Epitaciolândia, no interior.

O seringueiro José Rodrigues de Araújo, de 50 anos, mais conhecido como Dr. da Borracha, espera ganhar mais um prêmio pelo trabalho sustentável desenvolvido na zona rural de Epitaciolândia, interior do Acre. O trabalho dele está entre as histórias inspiradoras para o desenvolvimento do turismo sustentável no mundo.

P U B L I C I D A D E

Dr. da Borracha concorre ao prêmio Green Destinations Story Awards 2023, cerimônia realizada anualmente que reconhece e celebra histórias mais inspiradoras das práticas de turismo sustentáveis do concurso anual Top 100 Stories 2022. O evento é organizado pela fundação holandesa Green Destinations.

Ano passado, o trabalho do seringueiro colocou a cidade de Epitaciolândia entre os 13 destinos brasileiros selecionados para participar da 8ª edição do concurso global 100 Melhores Histórias de Destinos Responsáveis da Fundação Internacional Green Destinations, na Holanda.

Borracha é usada na produção de aneis, colares e outros acessórios — Foto: Arquivo pessoal

Borracha é usada na produção de aneis, colares e outros acessórios — Foto: Arquivo pessoal

No ateliê na zona rural de Epitaciolândia, Dr. da Borracha conversou com o g1 e falou sobre a expectativa de participar de mais um concurso. “Estou confiante que chego lá. Estou pedindo votos, pessoal tá unido para votar em mim”, iniciou a conversa.

O voto é on-line e termina no domingo (23). Para votar no acreano, basta acessar o site da fundação e selecione o destino favorito no formulário: click em South América, depois Epitaciolândia, Brasil. Ganha o destino que tiver mais votos.

A premiação será no dia 7 de março em Berlim, na Alemanha.

Seringueiro usa a borracha para produzir calçados, joias, cintos e uma variedade de peças e acessórios — Foto: Arquivo pessoal

Seringueiro usa a borracha para produzir calçados, joias, cintos e uma variedade de peças e acessórios — Foto: Arquivo pessoal

Ateliê

O artesão conta que trabalha com borracha desde os 8 anos. Filho e neto de seringueiro, ele aprendeu com os familiares a utilizar o látex na produção de colares, calçados, brincos, roupas, bolsas, utensílios de decoração, entre outras produções.

As peças são produzidas em um ateliê construído dentro da floresta, no interior. E a ajuda vem da família.”É um trabalho familiar. Tudo artesanal. Considero a seringueira como uma mãe, ninguém bebe o leite dela, mas com esse leite compramos o leite do nosso filho. É uma árvore que tem um grande significativo, é muito proveitoso”, complementa.

Além das vendas no estado, o seringueiro explica que, desde 2007, as produções também são enviadas estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Santa Catarina, Rio de Janeiro e até para o exterior.

Ateliê de seringueiro foi montado na floresta em Epitaciolândia — Foto: Arquivo pessoal

Ateliê de seringueiro foi montado na floresta em Epitaciolândia — Foto: Arquivo pessoal

José de Araújo já participou de várias premiações e tem o trabalho reconhecido pelo país. Em 2004 ele participou de um curso com uma turma da Universidade de Brasília (UNB) sobre a tecnologia da borracha na Amazônia e, a partir daí, apreendeu as técnicas para fazer a folha defumada líquida.

“A primeira exposição que fui foi no Horto Florestal, em Rio Branco, em 2007. Fui para Expoacre em 2008. Também em 2008 fui para o Rio de Janeiro e comecei a viajar. Fui para vários estados do Brasil, para Milão em 2014. Ganhei o prêmio Chico Mendes em Rio Branco. Foram vários prêmios reconhecendo minha marca, que é Dr. da Borracha”, diz.

G1

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