Saiba como diferenciar os sintomas da gripe e da Covid-19

Cuidados básicos, incluindo a vacinação, contribuem para reduzir as chances de infecção e de agravamento das doenças.

A incidência de doenças respiratórias aumenta no Brasil no meio do ano, durante os meses do outono e inverno. As temperaturas mais baixas, registradas em grande parte do país, favorecem a circulação dos vírus causadores de infecções como gripes, resfriados e Covid-19.

Conhecer os sintomas de cada doença pode ajudar a diferenciar um quadro de gripe e de Covid-19.

Cuidados básicos, incluindo a vacinação contra a gripe e contra a Covid-19, contribuem para reduzir as chances de infecção e de agravamento das doenças.

A gripe é uma infecção do sistema respiratório, provocada pelo vírus influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza: A, B, C e D. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Os principais sintomas da gripe são: febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça. Entre adultos, o quadro clínico pode variar de intensidade. Já as crianças podem apresentar altas temperaturas, aumento de gânglios na região do pescoço, quadros de bronquite e sintomas gastrointestinais. Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.

Os demais sinais e sintomas da gripe são habitualmente de aparecimento súbito, como: calafrios, mal-estar, dor nas juntas, prostração e secreção nasal excessiva. Os pacientes ainda podem ter diarreia, vômito, fadiga, rouquidão e olhos avermelhados e lacrimejantes.

Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 2 anos, o que acarreta elevados níveis de mortalidade. As complicações mais comuns são: pneumonia bacteriana e por outros vírus, sinusite, otite, desidratação, piora das doenças crônicas.

No caso da gripe causada pelo vírus influenza A (H3N2), os sintomas são os mesmos, com o potencial de causar casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos e imunocomprometidos.

Sintomas da Covid-19

A Covid-19 é causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2), potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. As manifestações clínicas da doença são diversas e variam de acordo com o histórico de saúde e contexto vacinal de cada indivíduo.

Em geral, os casos são classificados de assintomáticos a críticos, de acordo com a gravidade da infecção. Casos assintomáticos são aqueles em que há teste laboratorial positivo para Covid-19 e ausência de sintomas.

Casos leves são caracterizados a partir da presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de perda de olfato (anosmia), perda de paladar (ageusia), diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, dor no corpo e de cabeça ou fadiga.

Os sintomas mais frequentes nos casos moderados podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse persistente e febre persistente diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma relacionado à Covid-19, como grande fraqueza muscular, prostração, falta de apetite e diarreia, além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade.

Considera-se a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) a síndrome gripal que apresente falta de ar, desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% ou coloração azulada de lábios ou rosto.

Para crianças, os principais sintomas incluem respiração acelerada, falta de oxigenação no sangue, desconforto respiratório, alteração da consciência, desidratação, dificuldade para se alimentar, problemas de coagulação ou convulsões.

Em casos críticos, os principais sinais são infecção generalizada (sepse), síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave e necessidade de suporte respiratório. Neste ponto, os pacientes precisam ser internados em unidades de terapia intensiva (UTI).

Embora a maioria das pessoas com Covid-19 desenvolvam sintomas leves ou moderados, aproximadamente 15% podem desenvolver sintomas graves que requerem suporte de oxigênio e, cerca de 5% podem apresentar a forma crítica da doença, com complicações como falência respiratória, sepse e choque séptico ou falência múltipla de órgãos, incluindo lesão dos rins ou do coração e requerem cuidados intensivos.

A Covid-19 pode estar frequentemente associada a manifestações mentais e neurológicas, incluindo delírio ou confusão mental, agitação, acidente vascular cerebral, inflamação no cérebro, olfato ou paladar prejudicados, ansiedade, depressão e distúrbios de sono. Em muitos casos, manifestações neurológicas foram relatadas mesmo em pacientes sem sintomas respiratórios.

CNN BRASIL