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Pronto-socorro e PSFs estão sem medicamentos


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Recorrente, ao problema da falta de medicamentos e insumos afeta o pronto-socorro municipal de Cuiabá (PSMC), maior unidade pública em urgência e emergência de Mato Grosso. A denúncia foi feita ao Sindicato dos Profissionais da Enfermagem (Sinpen/MT), que afirma que a situação também atinge as unidades básicas de saúde, como os Programas de Saúde de Família (PSFs). Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a falta é pontual.

P U B L I C I D A D E

“Na verdade, essa questão não se resolveu desde a época em que a prefeitura anunciou a compra emergencial (R$ 30 milhões). A compra de R$ 130 milhões não chegou ainda de fato e nem sei se foi feita mesmo. Diante dessa situação, os trabalhadores é que aprenderam a ciência da improvisação para tentar salvar uma vida, o que é muito ruim”, disse o presidente do Sinpen/MT, Djamir Soares. Ontem, um vídeo gravado por servidores do pronto-socorro com gôndolas e gavetas vazias de remédios e demais produtos ganharam as redes sociais.

As aquisições a que Soares se refere foram anunciadas pela SMS em fevereiro passado, ainda na gestão da ex-secretária Elizeth Araújo, que cerca de um mês depois deixou a pasta diante da crise no setor. Na ocasião, a prefeitura informou que estavam em andamento os tramites para a realização de duas modalidades de compra, uma emergencial de R$ 30 milhões para sanar por seis meses a falta ou a entrega fracionada de 249 de medicamentos e, ainda um pregão de R$ 130 milhões, para garantir o fornecimento contínuo até o final de 2019.

Segundo Soares, entre os produtos em falta novamente estão materiais para punção venosa, de sonda nasoenteral, sonda para aspiração traqueal, máscaras e gazes. “Não tem pomada para curativo, não tem dersani e até ontem (anteontem) faltavam luvas para procedimentos de rotina”, comentou. “Aí, você vai verificar na atenção básica também faltam medicamentos, como dipirona e vermífugos”, acrescentou.

Para agravar a situação, o sindicalista observa que há cerca de uma semana os PSFs receberam a nota do Programa Nacional de Avaliação de Desenvolvimento (PNAD-Saúde), do Ministério da Saúde (MS). “Quando se tem uma boa nota, o PSF consegue receber mensalmente até R$ 10 mil. Em Cuiabá, as unidades recebem R$ 900,00, no máximo R$ 1.200. Mas, as unidades de saúde mesmo com toda dificuldade que enfrentam, elas trabalham. Ocorre que precisam alimentar o e-SUS e 100% da rede da capital conta com internet via rádio e a prefeitura não consegue romper o contrato com a empresa, que não disponibiliza a fibra ótica. Então, a maior reclamação dos trabalhadores é que a rede cai toda hora e eles não conseguem alimentar esse sistema. Com isso, o que foi executado hoje já não serve para o dia amanhã”, apontou.

Ele pontou ainda que essas unidades precisam de um núcleo de apoio ou de retaguarda que funciona dentro da SMS, mas os responsáveis não conseguem dar respostas para os profissionais que estão na ponta. Outra questão refere-se ao comando da pasta, uma vez que o médico Huark Douglas Correa há sete meses exerce apenas o cargo de secretário interino. “O Huark não tem poder de caneta. Não tem poder de decisão”, afirmou.

Sobre o pregão, a SMS reforçou que a ata é de R$ 130 milhões para medicamentos, e as compras são feitas de acordo com a demanda, dentro desse valor. “Em relação ao questionamento sobre falta de insumos no pronto-socorro municipal, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a unidade hospitalar é abastecida semanalmente com os materiais. Devido a um problema de atraso na entrega por parte dos fornecedores, alguns itens pontuais estão em falta”, informou.

Segundo a SMS, a previsão é que nos próximos dias o abastecimento esteja normalizado. “Sobre a licitação dos insumos, a Secretaria informa que o pregão foi finalizado há 10 dias e no momento está sendo emitida a nota para a aquisição do novo lote”, destacou.

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