Prefeito de Cuiabá renova contrato de professores temporários que vencem em 30 de junho

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, anunciou que vai renovar o contrato dos 213 profissionais temporários da Educação Municipal, que venceriam no dia 30 de junho, mesmo que as aulas ainda não tenham sido retomadas na rede de ensino. As aulas estão suspensas desde março, devido à pandemia do novo coronavírus.

“Esses contratados, todos trabalhadores e pais de famílias, que precisam de seu salário para sobreviver, para melhorar seu orçamento familiar e dar dignidade à sua família, eu não consigo tomar uma decisão pensando só em números, pensando só na economia. Eu tomo as decisões com base, principalmente, no respeito ao profissional, no respeito ao servidor, no respeito à pessoa humana”, disse, em anúncio nas redes sociais.

Em meio à pandemia e sem aulas, profissionais da educação não-efetivos têm sentido a insegurança de ficar sem salário, pois com as aulas suspensas, correm o risco de ter os contratos finalizados, como aconteceu no Governo do Estado, em que pelo menos 2.500 professores interinos estão sem qualquer renda.

“Pela equipe econômica, no período de pandemia, onde a receita caiu assustadoramente e que precisamos, dentro do conceito de economicidade e respeito à lei, fazer cortes de gastos e economia na gestão, eu deveria exonerar, não prorrogar e dispensar esses 213 contratados. Mas neste momento tão delicado da nossa história, a maior crise sanitária que nos atinge, os especialistas dizem que a transferência de renda é a melhor forma de nos unir e superar”.

O prefeito disse que já deu a ordem para que a equipe econômica renove os contratos.

“Num momento tão difícil, temos que dar condições para as pessoas terem renda, não cair sua renda familiar e ter condições de levar alimentos e produtos de higiene para casa. Então, jamais colocaria minha cabeça no travesseiro e, num momento tão difícil, tão delicado, dispensar 213 pais de famílias, com o único intuito de que estaria economizando. A maior gestão que um prefeito pode fazer, num momento como esse, é a gestão pela vida, pela dignidade da pessoa e pela educação pública cada vez mais forte”, afirmou.

No âmbito estadual, a Assembleia Legislativa derrubou veto do governador Mauro Mendes, obrigando que o Estado pegue um auxílio emergencial aos professores interinos que estão sem contrato e sem renda.

O Governo ainda estuda como o auxílio, de R$ 1,1 mil, será pago.

Euziany Teodoro
Única News