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Piscicultores de MT investem na reutilização, industrialização e comércio de pele de peixe


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De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), Mato Grosso é o quarto estado que mais produz peixes no país, com mais de 54 mil toneladas por ano. Diante da produção, os piscicultores estão investindo na reutilização da pele do peixe e aumentando os lucros.

P U B L I C I D A D E

Pintado e tambaqui, são duas das espécies criadas em um Centro de Piscicultura em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. São 400 mil peixes espalhados em 130 viveiros. Cerca de 95% da produção são vendidos para outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Maranhão.

Em um frigorífico localizado no Distrito de Primaverinha, ainda no município de Sorriso, o abate chega a 10 toneladas de pescado por dia, nesta época do ano.

Abate chega 54 mil toneladas neste época do ano — Foto: Reprodução/TVCA

Abate chega 54 mil toneladas neste época do ano — Foto: Reprodução/TVCA

De acordo com o responsável técnico pelo local, Salomão Rodrigues 80% do produto é destinado para o corte e esses cortes geram de 4 a 6% de pele, que é direcionada para a fábrica de ração. Da pele é feita uma farinha, que é incorporada na ração, que volta novamente pro pescado no alevino, na recria, na engorda, como alimentação.

Ainda segundo sele, o frigorífico produz uma média de 400 a 500 quilos de pelo, por dia.

A pele do peixe ainda pode se transformada em couro e ser utilizado, por exemplo pela indústria da moda. Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Carlos (SP), ministraram um curso no frigorífico de Mato Grosso, para ensinar o processo de produção do couro de peixe.

Couro de peixe utilizado na indústria — Foto: Reprodução/TVCA

Couro de peixe utilizado na indústria — Foto: Reprodução/TVCA

De acordo com o pesquisador da Embrapa, Manuel Jacintho, a proposta é agregar valor e, se essa agregação for interessante para a indústria, vale a pena piscicultores e frigoríficos fazerem o investimento.

O engenheiro de pesca Luciano Hinnah acredita que o investimento é válido. “Tendo uma indústria que utilize esse subproduto, um couro, uma farinha de víceras, algo desse tipo, até economizaria no frete”, comentou.

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