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Pesquisadores de MT descobrem compostos de árvore nativa que podem ajudar no controle do colesterol e diabetes


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Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está avaliando os compostos bioativos da árvore cedro (Cedrela odorata) para o controle do colesterol e diabetes. Os primeiros resultados, segundo o grupo, foram positivos.

P U B L I C I D A D E

De acordo com os pesquisadores, os compostos encontrados na árvores nativa se mostraram promissores na redução de gordura no sangue de animais usados no estudo. Além de ter demonstrado atividade ‘anti-hiperglicêmica’, foi capaz de impedir o aumento da concentração de açúcar no sangue.

Os níveis elevados de gordura no sangue, ou dislipidemia, podem levar a obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo, ocasionado doenças cardiovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A coordenadora da pesquisa, Mayara Peron, explicou que o cedro já é utilizado de forma empírica pela população de Mato Grosso e esse estudo pode ajudar no uso seguro e eficaz da espécie. Além disso, o trabalho aumenta o conhecimento sobre o uso sustentável da região amazônica e do Cerrado.

Pesquisadores de MT tentam descobrir fórmulas para ajudar no controle do colesterol e diabetes — Foto: Fapemat/Divulgação

Pesquisadores de MT tentam descobrir fórmulas para ajudar no controle do colesterol e diabetes — Foto: Fapemat/Divulgação

Estudos anteriores com a entrecasca da árvore demonstraram a presença de ‘polifenóis’, como ácido gálico, galocatequina e catequina. Os polifenóis possuem diversos efeitos biológicos, como modulação da atividades de enzimas, efeito antibiótico, antialérgico e anti-inflamatório.

O “Estudo químico-farmacológico dos polifenóis da Cedrela odorata sobre a síntese hepática de ácidos graxos” é desenvolvido no campus de Cuiabá da UFMT e recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

Cerca de 25% dos fármacos comercialmente vendidos são oriundos de produtos naturais. Os estudos científicos vêm relacionando a composição química de plantas medicinais com seus efeitos biológicos, a fim de confirmar ou não a indicação do seu uso.

Todo o processo de descoberta e desenvolvimento de um novo fármaco, se inicia na fase pré-clínica, com a identificação de compostos químicos que possam intervir na função fisiológica ou patológica, causando um efeito terapêutico adequado. A fase pré-clínica deste estudo, envolve a área da Química Medicinal, com aspectos da Química e das Ciências Biológicas, Médicas e Farmacêuticas.

G1.globo.com

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