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Páscoa é oportunidade para ensinar matemática às crianças


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De educação financeira a operações básicas, conteúdos podem ser trabalhados de forma lúdica nesta época do ano

P U B L I C I D A D E

Todo ano, a discussão sobre o preço do chocolate toma conta do país já meses antes da Páscoa, quando os primeiros ovos coloridos começam a aparecer nas gôndolas dos supermercados. E, embora o resultado seja sempre desfavorável aos ovos, em comparação com as barras de chocolate, poucas crianças topariam trocar aqueles por essas, mesmo que, em termos de quantidade, essa troca representasse uma vantagem. Mas a Páscoa é uma ótima oportunidade para ensinar aos pequenos conteúdos relevantes de educação financeira e matemática.

Para a professora de Matemática do Colégio Positivo – Boa Vista, Ana Paula Medeiros, esse pode ser um bom momento para começar a instigar nas crianças a curiosidade pelos números e cálculos, por exemplo. “As primeiras noções das operações básicas da matemática (adição, subtração, multiplicação e divisão) se tornam muito mais interessantes quando você fala com as crianças sobre algo que as interessa, que, nesse caso, é o chocolate”, destaca. Usando os ovos e barras como ferramenta de ensino, é possível apresentar a elas conceitos matemáticos importantes, que serão usados por toda a vida.

“Imagine, por exemplo, que esteja na hora de aprender frações. O professor pode trazer para a sala de aula uma barra de chocolate e demonstrar na prática como essas divisões podem ser feitas”, completa. Assim, uma aula que poderia parecer desinteressante ganha, de repente, contornos muito mais atrativos para quem está a todo o tempo sendo bombardeado pelas propagandas dos ovinhos cada vez mais chamativos.

Educação financeira

Além dos cálculos básicos da matemática, também é possível usar a Páscoa para falar sobre um outro conteúdo fundamental na vida de qualquer pessoa: a educação financeira. Afinal, se os adultos de hoje precisam colocar na ponta do lápis os gastos que terão durante esses períodos comerciais do ano, como a Páscoa passou a ser, as crianças também precisarão lidar com esse problema no futuro. “É claro que os pequenos preferem os ovos à barra, mas cabe a nós, adultos, mostrar a eles que nem sempre essa é a escolha mais inteligente ou vantajosa”, explica Ana Paula.

Não se trata simplesmente de substituir os ovos por uma barra de chocolates, mas de provar que os ovos são menos vantajosos, do ponto de vista da quantidade de chocolate contida neles. “Os pais podem começar convidando os filhos a fazer essa comparação financeira. Quando são crianças muito pequenas, pode-se até apelar para o lúdico, dizendo coisas como ‘olha, o coelhinho pediu para a gente conversar sobre os ovos de Páscoa deste ano’”, detalha a especialista. Para a professora, uma boa opção é negociar, pedir que as crianças escolham um ovo e, no caso de querer complementar o presente, fazê-lo com barras ou bombons. “Essa é uma oportunidade para começar a demonstrar que aquilo que está disponível no supermercado custa dinheiro. Não será um trauma se essa for uma questão bem trabalhada, dialogada desde cedo. Temos a tendência de achar que as crianças não devem lidar com o dinheiro, mas isso não é verdade. Quanto mais cedo elas estabelecerem essa relação, mais saudável será a vida financeira delas”, finaliza.

AI

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