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Para reduzir uso de plástico, agrônomo produz kits com canudo de bambu no Acre


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Para preservar o meio ambiente, o agrônomo Emanuel Amaral produz canudos de bambu para incentivar o fim do uso de canudo de plástico. O material é vendido em um kit com estojo e uma escova para limpar após o uso.

P U B L I C I D A D E

O valor do kit varia entre R$ 15 a R$ 25, dependendo da quantidade de canudos que vêm no estojo. Amaral explica que tem kit com quatro, dois e apenas um canudo.

O fim do uso do canudo de plástico é tema de um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). O PL foi apresentado durante sessão na casa legislativa no Dia Mundial do Meio Ambiente pelo deputado Jenilson Leite (PCdoB).

Amaral, que também é diretor técnico de uma empresa de engenheira e consultoria ambiental, explica que a ideia também é chamar atenção para os problemas ambientais, como quantidade de lixo plástico produzido.

“O canudo tem participação significativa nisso. Começamos a fazer os kit e estamos lançando junto as empresas para lançarem a marca com a ideia de conservação, reutilização, e mudança cultural de uso e do pensamento ambiental”, frisou.

Canudos personalizados também são produzidos artesanalmente  — Foto: Divulgação/Empresa Ambiental Amazônia

Canudos personalizados também são produzidos artesanalmente — Foto: Divulgação/Empresa Ambiental Amazônia

Processo

O agrônomo afirmou que o processo de produção do canudo é feito artesanalmente e começa com a seleção das varas, que precisam estar maduras, o corte do tamanho padronizado, o processo de tratamento por calor e outros.

“Assamos no forno, depois um processo de lixamento para uniformização do canudo. E, por fim, a limpeza e montagem dos kits”, explicou.

Estojo com canudos e escova custa entre R$ 15 a R$ 25, dependendo da quantidade de unidades — Foto: Divulgação/Empresa Ambiental Amazônia

Estojo com canudos e escova custa entre R$ 15 a R$ 25, dependendo da quantidade de unidades — Foto: Divulgação/Empresa Ambiental Amazônia

Depois de pronto, o canudo é colocado em um estojo, junto com a escova de higienização. Se o cliente quiser, Amaral manda personalizar o canudo com desenhos ou o nome da pessoa. Por enquanto, a venda é feita apenas pelas redes sociais.

“Mandamos mais de 100 kits para fora [do Acre]. Estamos iniciando agora, tem pouco mais de um mês que começamos a trabalhar com canudos. A produção só funciona quando estou em Rio Branco porque sou eu que faço, de forma artesanal ainda. Mas, estamos pensando em mais equipamentos para fazer em quantidades maiores”, complementou.

Produções

A sede da empresa fica em Rio Branco, em uma chácara que já tem cerca de 30 espécies de bambu plantadas. Mas, o bambu não é utilizado apenas na produção dos canudos.

“Testamos em diferentes soluções como: carvão de bambu, o broto para alimentação, as varas utilizadas na construção civil, mas também na parte de ornamentação, ambiente, artesanato e decoração. Alguns ambientes, como salões, criaram espaços com bambu”, afirmou.

O agrônomo falou ainda que também trabalha em parceria com instituições e órgãos públicos. Segundo ele, na Semana do Meio Ambiente, o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) encomendou 100 unidades dos canudos personalizados.

“A empresa é de engenharia e consultoria ambiental. Uma das linhas é a parte de reflorestamento e utilização de tecnologias para recuperação de áreas degradáveis. Trabalhamos com mudas, áreas de plantio do bambu para diferentes fins desde a geração de energia, com formação de biomassa, a alimentação passando também pela parte de construção”, afirmou.

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