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Pais devem manter as crianças informadas sobre a pandemia?


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O isolamento social adotado para evitar a propagação do coronavírus é necessário a todos, mas para cumpri-lo as pessoas tiveram de deixar suas rotinas para trás e adaptar as atividades ao “novo normal”. Se essa tarefa já é difícil para os adultos, as crianças e os adolescentes sofrem ainda mais com os novos hábitos.

P U B L I C I D A D E

Isso pode ser explicado pela falta de conhecimento sobre o que de fato está acontecendo. A recomendação geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que os pais mantenham os filhos informados sobre os acontecimentos na medida do possível, para tentar minimizar os impactos severos do isolamento social na saúde mental.

Mas como explicar para uma criança que ela não poderá ir à escola porque corre risco de pegar uma doença ainda desconhecida? Ou parar de levá-la aos parquinhos em que ela é acostumada a brincar? Nesta situação, o ideal é adequar as informações necessárias à idade e entreter as crianças para que o período não se torne massante.

De acordo com Krystal Simmons, professora no Departamento de Psicologia Educacional da Universidade do Texas, nos EUA, a reação de cada um é singular e, muitas vezes, influenciada pela idade. Assim, as crianças que estão na faixa etária dos 6 aos 8 anos podem demonstrar seus medos e angústias em brincadeiras ou comportamentos. Nessa idade, eles possuem uma compreensão literal do vírus. “Por isso, é importante abordar as discussões com crianças dessa idade de maneira clara, honesta e simplista”, aponta Krystal.

Entre os adolescentes e pré-adolescentes já há mais campo a ser explorado, pois eles conhecem os conceitos de ansiedade e morte e, assim, outros aspectos podem ser tratados com eles. “No entanto, eles também podem acreditar que são invencíveis à infecção pelo vírus. Ter conversas francas, honestas e mais profundas pode ser apropriado nesses estágios de desenvolvimento”, afirma Simmons.

A mudança na rotina também pode levar menores a descontar a ansiedade e as incertezas quanto ao futuro na comida. “É importante, por exemplo, manter horários para realizar as refeições. Dessa forma, vira uma rotina e impede que elas consumam mais do que o necessário”, indica Lorena Lima Amato, endocrinologista e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “Outra medida é criar brincadeiras que façam elas gastarem energia, pois, além de ajudar a reduzir o peso, favorece no controle da ansiedade”, conclui Lorena.

Para descontrair, os pais também podem propor atividades temáticas sobre os personagens que as crianças mais gostam. Sendo assim, uma tarde em família com maratona de filmes, comidas especiais e com as crianças vestidas com um pijama infantil que elas gostem pode ser uma boa ideia.

“É importante apreciar esses momentos, pois eles ajudam na autocompaixão, na solidariedade com o que o outro está sentindo. São medidas tão importantes quanto uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos”, afirma o psiquiatra Thiago Blanco.

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