Conectado por

Medicina

O risco do cigarro eletrônico para a saúde bucal


Compartilhe:

Publicado por

em

Por: Ladinne Campi

P U B L I C I D A D E

Mesmo proibidos no Brasil, o uso do cigarro eletrônico tem crescido exponencialmente e, com isso, aumentam os problemas de saúde bucal

Considerado um dos piores hábitos para a saúde, o tabagismo é fator de risco para seis das oito principais causas de morte no mundo: doenças cardíacas, AVC, infecções das vias aéreas inferiores, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tuberculose e cânceres de traqueia, brônquio e pulmão (deste último, é responsável por 90% dos casos). Porém, os prejuízos vão além e incluem, ainda:

– Úlcera do aparelho digestivo

– Osteoporose

– Catarata

– Impotência sexual

– Infertilidade feminina

– Menopausa precoce

– Complicações na gestação.

Na tentativa de substituir o uso do cigarro tradicional, muitas pessoas têm aderido ao do tipo eletrônico. Sua aparência tecnológica, diferença de odor e até presença de diferentes sabores tornou o item socialmente aceitável em diversos ambientes e até gerações, inclusive entre adolescentes.

No entanto, os DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar) ou “vapes”, como popularmente são conhecidos, também geram danos à saúde já que têm nicotina – substância extremamente nociva, na composição. Além disso, a nicotina líquida pode causar tanta dependência quanto a versão convencional.

VAPE X SAÚDE BUCAL

Os produtos químicos presentes nos cigarros eletrônicos comprometem a nossa microbiota bucal e aumentam as chances de desenvolver inúmeros problemas:

– Mau hálito: De fato, o cigarro eletrônico não exige inalação de fumaça, mas a presença de nicotina causa um odor na cavidade bucal. Quando o hábito anda de mãos dadas com os maus hábitos de higiene bucal, o problema tende a se agravar.

– Retração gengival: Ocorre por conta da baixa irrigação das membranas mucosas da boca. A danificação do tecido resulta na exposição da raiz do dente, aumento de sensibilidade dentária e surgimento de cáries.

– Escurecimento da gengiva e dos dentes: Apesar de ser uma questão estética, é uma queixa comum nos consultórios. Mais uma vez, a nicotina é a grande vilã, uma vez que se acumula na superfície dos dentes e adere ao esmalte dentário.

– Doenças periodontais: O acúmulo de placas bacterianas que ocorre em consequência da má higiene bucal é a principal causa das doenças periodontais. Entretanto, os fumantes têm maior risco de sofrer com o problema porque o vape influencia nas substâncias da boca. Especialistas alertam que uma das sequelas deste problema inclui perda de dentes. Por isso, atenção redobrada!

– Xerostomia (boca seca): Não é rara a diminuição da produção de saliva em decorrência da nicotina. A saliva, por sua vez, é responsável tanto pela limpeza natural da boca quanto pelo equilíbrio das bactérias. Logo, quando essas funções são comprometidas, aumentam os riscos de cáries, sensibilidade, feridas, fissuras, dificuldade para mastigar e, como supracitado, o mau hálito.

– Inflamação na cavidade bucal: Os produtos químicos que chegam à boca causam inflamação nas gengivas e na garganta, ficando evidente vermelhidão, dor e inchaço na região.

Um ponto a ser observado é que, muitas vezes, o surgimento destes sintomas se dão após anos de uso do cigarro, e não de forma precoce. Por este motivo, muitas pessoas acreditam que estão fazendo uma boa troca ao substituir o cigarro tradicional pelo eletrônico.

Para quem utiliza o cigarro eletrônico como forma de minimizar os impactos negativos do cigarro tradicional, aí vai uma dica: a melhor alternativa é parar de fumar. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para a doença.

Ainda de acordo com o órgão, o paciente pode escolher duas formas para parar de fumar:

– Parada imediata

– Prada gradual, adiando, cada vez mais, a hora em que começa a fumar o primeiro cigarro.

PROIBIDO NO BRASIL

A febre dos dispositivos eletrônicos no Brasil já pode ser medida em números. Durante a pandemia, houve um aumento de 34% no consumo de cigarros, o que vem preocupando especialistas de saúde pública e autoridades.

Desde 2009, a Anvisa proibiu a venda, importação e propaganda dos vapes, porém, nunca foi tão fácil adquirir este tipo de produto. Atualmente, o órgão está preparando uma legislação sobre o tema.

SORRISO E SAÚDE EM DIA

Os danos à saúde bucal causados pelo fumo devem ser tratados com a ajuda de bons profissionais. O primeiro passo é visitar um dentista, em média, três vezes ao ano a fim de realizar procedimentos que restabeleçam o microbioma bucal e a função mastigatória.

Em casa, os cuidados devem continuar de forma redobrada. É necessário realizar uma higiene bucal minuciosa (no mínimo, dois minutos) sempre que terminar de fumar e após as principais refeições. Língua e gengivas também devem ser contempladas, lembrando sempre de usar cremes dentais com flúor, enxaguantes bucais e fio dental.

Semprebem.paguemenos.com.br

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br