O que fazer para clarear a pele escurecida?

Apesar de comum, o escurecimento de algumas partes do corpo pode prejudicar bastante a autoestima das pessoas. É por isso que muita gente acaba utilizando métodos de clareamento de pele perigosos, que circulam pela internet sem mostrar os riscos que eles oferecem à saúde.

Ou seja: o grande problema desses tratamentos caseiros não é nem a ineficácia, mas, sim, a capacidade que eles têm de agredir ainda mais a barreira cutânea, piorando o aspecto da região que já estava sensibilizada e gerando cicatrizes irreversíveis.

Como clarear a pele com segurança

Assim, antes de iniciar qualquer tratamento, o recomendado é buscar um médico dermatologista para, primeiramente, identificar a causa da hiperpigmentação da pele – que pode envolver o atrito com as roupas, o excesso de exposição ao sol, o estresse e até hábitos alimentares ruins¹?².

Na consulta, o profissional deve analisar as características da pele, ouvir as queixas do paciente e, se necessário, solicitar exames, para só depois definir como as manchas poderão ser tratadas.

Geralmente, são usados cremes com ou sem ácidos, suplementação de nutrientes, laser ou tecnologias de luz pulsada para reverter o problema. Entretanto, apenas o médico vai saber dizer o que é melhor para cada caso.

Dicas para prevenir o escurecimento

Apesar das muitas possibilidades de tratamento, é sempre importante focar na prevenção. Para isso, a principal dica é evitar o excesso de exposição solar, especialmente entre as 11 e 15 horas — uma vez que os raios solares não só podem provocar manchas, como ainda intensificá-las.

Também é indicado adotar hábitos que são benéficos à saúde de forma geral, como seguir uma alimentação equilibrada³, beber bastante água?, manter o sono sempre em dia e aliviar o estresse? a partir de atividades físicas e/ou de lazer, já que esses fatores favorecem uma pele mais saudável e protegida de agentes externos, que muitas vezes provocam manchas.

Isso tudo é importante porque o escurecimento da barreira cutânea não está ligado apenas a questões estéticas e pode até indicar doenças. Portanto, ele precisa ser tratado e prevenido de forma adequada, principalmente por quem tem uma maior predisposição à hiperpigmentação, como pessoas com pele morena ou muito clara.

Referências:

1 – STRUMIA, R.; VAROTTI, E. et al. Skin signs in anorexia nervosa. Dermatology, v. 203, n. 4, p. 314-7, 2001. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11752819/. Acesso em 26 jul. 2022.

2 – SANTRA, G.; PAUL, R.; GHOSH et al. Generalised hyperpigmentation in vitamin B12 deficiency. J. Assoc. Physicians Indiassoc. Physicians India, v. 62, n. 8, p.  714-6, 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25856944/. Acesso em 26 jul. 2022.

3 – PARKE, M. A.; PEREZ-SANCHEZ, A. et al. Diet and Skin Barrier: The Role of Dietary Interventions on Skin Barrier Function. Dermatol. Pract. Concept., v. 11, n. 1, 2021. Disponível em:  https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33614213/. Acesso em 26 jul. 2022.

4 – SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA.  Cuidados diários com a pele. Disponível em: https://www.sbd.org.br/cuidados-diarios-com-a-pele/. Acesso em 26 jul. 2022.

5 – OYETAKIN-WHITE, P.; SUGGS, A. et al. Does poor sleep quality affect skin ageing?. Clin. Exp. Dermatol., v. 40, n. 1, p. 17 – 22, 2015. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25266053/. Acesso em 26 jul. 2022.

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