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No dia do rock, estilo segue fora das paradas, mas tenta mostrar força com ‘novo classic rock’


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Todo dia era dia do rock, mas agora ele só tem a data de 13 de julho. O estilo ainda tenta reencontrar a melhor forma nas paradas do YouTube, do streaming e das rádios.

P U B L I C I D A D E

No Brasil, sertanejo e funk dominam. Nos Estados Unidos, hip hop, pop e R&B passaram o rock como principal estilo musical nos Estados Unidos. A constatação veio a partir de relatório da empresa Nielsen sobre o consumo de música em 2017.

Mas há tentativas de mostrar a força de um “novo classic rock”. São nomes que preferem tocar um rock mais raiz, sem as misturas ouvidas no som de bandas bem cotadas como Muse, Imagine Dragons, Coldplay, Arctic Monkeys, Twenty One Pilots e Killers.

Se os nomes acima continuam mais ou menos populares mas se prendem cada vez menos ao formato tradicional, também há gente que se destaca sem tirar as guitarras do primeiro plano.

O G1 analisa abaixo três dos principais nomes desse subgênero do “novo classic rock”:

Greta Van Fleet

Greta Van Fleet conhece guitar heroes brasileiros e elege Chimbinha como o melhor

Greta Van Fleet conhece guitar heroes brasileiros e elege Chimbinha como o melhor

O Greta Van Fleet é um quarteto formado na cidade de Frankenmuth, no estado americano de Michigan. A banda que esteve no Lollapalooza deste ano é formada por três irmãos (Josh, Jake e Sam Kiszka) e mais o baterista Danny Wagner.

Juntos, eles fazem um som que às vezes parece de banda cover do Led Zeppelin. Para não falar que é igualzinho ao Led, o novo single “Love, Leaver” tem uma guitarrinha ali no começo que tenta ser meio Jimi Hendrix. O rock sempre copiou o que veio antes, o próprio Led copiava na cara dura. Mas o fato de uma coisa tão sem originalidade ser aposta passa do limite, é esgotamento demais.

Se eles são a grande aposta da indústria musical para o rock em 2019, a conclusão menos precipitada só pode ser uma: o rock está ferrado. Mas há exemplos de mais esperança…

Black Keys

Black Keys lança disco e o G1 comenta

Black Keys lança disco e o G1 comenta

O primeiro disco dos Black Keys em cinco anos não tem segredo: “Let’s rock” é rock básico e direto. Nem dá para chamar de “volta às raízes”, já que a banda nunca fugiu muito disso. Tem uma ponta de ironia, mas dose maior de sinceridade.

Os tiozinhos dançando no vídeo de “Sit around and miss you”, lançado com o álbum no fim do mês passado, dão a cara de “Let’s rock”: indie que agrada sobrinhos e tiozões em busca do “bom e velho rock”.

Tem blues rock (“Every little thing”), balada country setentista (“Sit around and miss you”), rock and roll retrô (“Go”) e até flerta com o hard rock (“Shine a light”).

É ainda mais econômico que o normal: o esquema “ao vivo no estúdio”, sem acréscimo nem de teclado. As guitarras estão sempre em primeiro plano. É cheio de solos, mas sem enrolação nem virtuose: sempre a serviço das músicas.

Raconteurs

Raconteurs e 'Help Us Stranger' são alento a fãs de classic rock alternativo que não são '

Raconteurs e ‘Help Us Stranger’ são alento a fãs de classic rock alternativo que não são ‘

O Raconteurs é mais uma ótima opção atual de rock clássico que não precisa parecer com uma banda cover de bar como o Greta Van Fleet. Para amantes das guitarras do Led Zeppelin ou das camadas de vocais do Queen, o terceiro disco do Raconteurs é um alento.

São 42 minutos de riffs, vocais abafados e cânones do rock revisitados de maneira até que original. “Help us stranger” é dominado por temáticas e timbres bem clássicos, perfeitos para quem não quer misturas do estilo com eletrônica, R&B, ou sei lá o quê.

A banda americana tem no núcleo base Jack White (ex-White Stripes) e Brendan Benson (nome com carreira solo mais voltada ao indie pop). Após 11 anos sem álbuns, ideia é continuar com o classic rock alternativo dos outros discos e do maior hit, “Steady as she goes”.

Mas quem procura um refrão tão esganiçadamente fácil pode se decepcionar. Não que isso seja um problema para fãs de rock mais clássico e classudo.

Também tem rock infiltrado…

Lá fora, existem artistas que não são “do rock”, mas revelam bagagem do estilo em maneirismos, referências e explosões eventuais de guitarras no meio da carreira pop. Há exemplos recentes de Halsey (“Nightmare“) e Ed Sheeran com Bruno Mars (“Blow“).

Halsey volta mais roqueira em 'Nightmare'

Halsey volta mais roqueira em ‘Nightmare’

E no Brasil?

Mesmo de fora dos principais rankings do Brasil desde 2016, o rock brasileiro ainda segue vivo por meio de:

  • Nomes mais indies como O Terno, Boogarins, Ego Kill Talent e Far From Alaska, que se dividem entre horários pouco nobres dos grandes festivais e shows em eventos menores
  • As bandas de metal novas ou velhas, em um universo paralelo no qual só o rock pesado importa: Krisium, Sepultura, Project 46
  • Novidades que ganharam exposição com o programa “Superstar”, como Scalene, hoje mais ligado a misturas e preparando novo disco. Mais velho e associado ao emo, o Fresno também segue juntando rock a outros sons
  • Os dinossauros, nascidos nos anos 80 e 90, que dominam o circuito de eventos corporativos e preenchem a agenda indo de ginásios a festas e rodeios: Skank, Paralamas, Capital Inicial, Titãs, Barão Vermelho, Jota Quest, CPM 22, Raimundos
  • Bandas pausadas, mas com integrantes na ativa: Los Hermanos, NX Zero, O Rappa e Restart, que encabeçou o último fenômeno pop roqueiro, com o rock colorido

Como surgiu o Dia do Rock?

A celebração no 13 de julho foi inventada por Phil Collins. Durante o Live Aid, um festival que aconteceu simultaneamente em Londres e na Filadélfia na mesma data de 1985, ele expressou o desejo de que aquele fosse considerado o dia mundial do rock.

A data, porém, não é tão mundial assim. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, o projeto não foi levado a sério. No Brasil, o Dia do Rock colou

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