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“Não precisamos de novas leis, mas de efetividade nas leis que já existem”, pontuou Janaina Riva


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Frente a quantidade de feminicídios e número de violência contra mulheres que não param de aumentar, a deputada Janaina Riva (MDB) pontuou que Mato Grosso possui o maior índice de feminicidios e vítimas de violência doméstica do país. Ao lembrar que, contudo, o Estado não precisa de novas leis, mas sim de políticas públicas efetivas que atendam às mulheres vítimas de violência doméstica. “Não precisamos de novas leis, nós precisamos de efetividade nas leis que já existem”, disse.

P U B L I C I D A D E

A declaração foi feita durante a live do site O Bom da Notícia, nesta quinta-feira (8), com os jornalistas Edivaldo Ribeiro e Marisa Batalha.

E a causa que precisa de acolhimento e acompanhamento […] Não adianta falarmos nas plataformas digitais se não conseguirmos fazer chegar às mulheres que são violentadas. Precisamos de políticas públicas mais efetivas para que atendam as mulheres

Para a parlamentar, o estado possuí leis para dar respaldo às mulheres, no entanto, essas leis não são colocadas em prática, por isso, há uma enorme dificuldade em obter um efetivo para o combate à violência doméstica. A dificuldade em questão vem de uma ideologia impregnada nas raízes culturais da sociedade há séculos, passando de geração a geração e que, por fazer parte da cultura social, é reproduzida por todos, mulheres e, principalmente, homens.

Apesar das conquistas femininas terem iniciado em 1827, quando foi permitido que as mulheres finalmente frequentassem colégios e estudassem além da escola primária, ainda hoje, há um preconceito muito forte quando se fala da mulher, principalmente, após uma denúncia de violência doméstica. Sem demora, muitas são atacadas nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e, para Janaina Riva, este preconceito atrapalha o combate à violência doméstica, uma vez que, as vítimas, ao ver uma mulher que denunciou ser exposta e ridicularizada, ficam com receio de denunciar.

“O número de feminicídios do último ano, demonstra que das 62 mulheres assassinadas apenas 2 tinham medidas protetivas, ou seja, as outras 60 não chegaram a denunciar e morreram através de seus agressores. Isso nos demonstra que, o que falta é efetividade, a gente não consegue sequer fazer com que as mulheres denunciem”, expôs.

Desta forma, a emedebista acredita que, o mais importante é inserir o assunto nas periferias, nos bairros vulneráveis, para que o assunto seja acessível a todas, principalmente, àquelas mulheres vítimas de violência doméstica que não possuem acesso às mídias digitais para serem acolhidas e informadas sobre o assunto.

“É uma dificuldade encontrar mulheres e homens que tenham sensibilidade com a causa da violência doméstica. E a causa que precisa de acolhimento e acompanhamento […] Não adianta falarmos nas plataformas digitais se não conseguirmos fazer chegar às mulheres que são violentadas. Precisamos de políticas públicas mais efetivas para que atendam as mulheres”, disse.

 

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