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Meta, dona do Facebook, perde mais de US$ 200 bi em valor de mercado e leva maior tombo da história dos EUA


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A Meta, dona do Facebook, perdeu US$ 237 bilhões em valor de mercado nesta quinta-feira (3), depois de as ações da empresa despencarem 26%.

P U B L I C I D A D E

Esse é o maior tombo em um dia para companhias listadas na bolsa nos Estados Unidos.

O que foi perdido pela “big tech” é equivalente a quase todo o valor de mercado da Disney, por exemplo, aponta a consultoria especializada Economática.

A queda aconteceu 1 dia após o presidente-executivo, Mark Zuckerberg , afirmar que a rede social perdeu cerca de 500 mil usuários ativos diários ao redor do mundo no último trimestre de 2021.

Foi a primeira queda nesse número na história da empresa, lançada em 2004. Além do Facebook, a Meta é dona do Instagram e do WhatsApp.

Veja as maiores quedas das empresas dos EUA — Foto: Elcio Horiuchi / Arte g1

Veja as maiores quedas das empresas dos EUA — Foto: Elcio Horiuchi / Arte g1

A sombra do TikTok

Zuckerberg atribuiu a perda de usuários do Facebook a uma competição mais acirrada pela atenção das pessoas, citando, nominalmente um grande concorrente, o TikTok, e seus vídeos mais curtos.

 

“As pessoas têm muitas escolhas sobre como querem gastar seu tempo e apps como o TikTok estão crescendo muito rapidamente. E é por isso que o nosso foco nos Reels [vídeos curtos no Instagram] é tão importante no longo prazo”, disse o “chefão” da Meta , durante o anúncio dos resultados.

A plataforma chinesa, que enfrentou ameaça de banimento nos EUA durante o governo Trump, vem ganhando cada vez mais relevância entre as redes sociais.

Em 2021, o TikTok chegou a 1 bilhão de usuários, após 5 anos de existência. Foi também, pela primeira vez, o aplicativo mais baixado do mundo, superando os downloads no Facebook no ano.

A rede social de Zuckerberg teve 1,929 bilhão de pessoas utilizando o aplicativo no último trimestre do ano passado. Nos três meses anteriores, esse número havia sido de 1,930 bilhão.

Zuckerberg mais ‘pobre’

A perda de valor de mercado em 1 só dia pela Meta superou outras históricas, como a de US$ 180 bilhões, da Apple, em setembro de 2020; US$ 178 bilhões, pela Microsoft, em março de 2020 e US$ 140 bilhões, pela Tesla, em novembro de 2021.

O próprio Zuckerberg sofreu os efeitos do mau humor dos investidores, perdendo US$ 29 bilhões desde a última quarta-feira (3), e deixando o ranking dos 10 mais ricos do mundo.

Até então o maior tombo diário da empresa, ainda com o nome de Facebook, tinha sido em julho de 2018, quando perdeu US$ 120 bilhões em valor de mercado.

O motivo foi parecido: na época, a companhia informou que a margem de lucro cairia devido aos custos para melhorar a privacidade e reduzir o uso de seus maiores mercados de publicidade.

Qual a situação da empresa?

 

Apesar da queda no número de usuários ativos, a Meta aumentou seu faturamento no último trimestre do ano, obtendo receita de US$ 33,67 bilhões, em linha com o que analistas de mercado esperavam.

Mas a projeção de Zuckerberg de que esse faturamento ficará abaixo das expectativas no primeiro trimestre de 2022 também alarmou os investidores.

Um dos motivos para a previsão abaixo do esperado é a alteração feita pela Apple para melhorar a privacidade de usuários do iOS, o que, na avaliação do Facebook, prejudica negócios de publicidade digital.

As mudanças promovidas pela Apple em seu sistema operacional dão aos usuários meios de controlar permissões de monitoramento de seu comportamento online, dificultando para os anunciantes conhecerem seu mercado e desenvolverem novos produtos.

O Facebook Inc, como era então o nome da controladora, passou a se chamar Meta em 2021.

O nome remete ao metaverso, uma espécie de universo em realidade virtual e aumentada que a empresa considera que será o futuro da internet e que é uma de suas maiores apostas.

 

Na época da mudança do nome, o Facebook tinha sido envolvido em acusações de monopólio e um escândalo de documentos internos vazados que ficou conhecido como “Facebook Papers”.

G1.globo.com

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