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Meningite: O que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamentos e prevenção


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A meningite é uma infecção das membranas que recobrem o cérebro e medula espinhal (as meninges), e pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas, além de agente não infecciosos, como traumas por fortes pancadas na cabeça ou medicamentos, por exemplo.

P U B L I C I D A D E

 

A meningite afeta toda a região e dificulta o transporte normal de oxigênio às células do corpo humano.

 

Os sintomas mais comuns de meningite são dor de cabeça e nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito, podendo aparecer entre 2 e 10 dias após o contato com o agente infeccioso, entretanto, é mais comum o surgimento dos sintomas entre o 3º e o 4º dia após a infecção.

 

A doença pode evoluir rapidamente para quadros graves, em especial entre os adolescentes e crianças menores de 5 anos.

 

A meningite pode ser causada por vários agentes infecciosos, entretanto, quadros provocados  por vírus costumam ser menos graves, por outro lado, quando em decorrência de bactérias ou fungos, a taxa de morte chega a 20%.

 

Além disso, dois a cada dez pacientes sobreviventes, acabam tendo que conviver com sequelas graves, tais como surdez, paralisia ou amputação de membros.

 

O principal agente transmissor da meningite é a bactéria meningococo, ocorrendo principalmente por meio de secreções respiratórias e saliva, quando ocorre contato muito próximo com o indivíduo infectado.

 

bactéria meningococo meningite.

As meningites virais e bacterianas são consideradas de maior importância devido a sua magnitude, capacidade de provocar surtos e, no caso das meningites bacterianas, a gravidade.

 

No Brasil, a meningite é considerada endêmica com ocorrência de casos ao longo do ano, sendo as meningites bacterianas mais comuns no outono-inverno e as virais na primavera/verão.

 

As formas de tratamento vão variar de acordo ao tipo de micro-organismo que gerou a meningite no paciente, e também o estado em que se encontra o paciente, entretanto, é fato que um atendimento ágil é fundamental para minimizar os riscos. E mais importante que o tratamento, é a vacinação como meio de prevenção da doença.

 

Agora que você leu um resumo sobre a meningite, confira mais informações sobre essa doença, continue lendo.

 

Quais são as causas da meningite?

É causada, em sua grande maioria, por bactérias ou vírus, mas raramente, pode ser causada por fungos ou pelo bacilo de Koch, mesmo agente causador da tuberculose.

O principal subtipo é a meningite meningocócica, provocada por diferentes sorotipos de bactérias Neisseria meningitidis, também conhecida por meningococo. Tais sorotipos são: A, B, C, W e Y, mas todos podem ser evitados com auxílio de vacinas.

 

Ilustração bactéria e vírus meningite.

Outros gêneros de bactérias também podem ocasionar a meningite, como a Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenza tipo B, ambos também podem ser prevenidos com auxílio de vacinas.

Existe também a possibilidade de a meningite ser causada por certos tipos de vírus, capazes de atacar as meninges, entretanto, costumam ser quadros menos graves. Os fungos também podem causar a doença, no entanto, costuma ser muito raro.

 

Sintomas de meningite

Os sintomas de meningite podem surgir entre o 2º e o 10º dia após o paciente entrar em contato com o agente infeccioso, porém, é muito comum ocorrerem entre o 3º e 4º dia após a infecção, e os principais sintomas de meningite são:

  • Febre alta e repentina;
  • Dor de cabeça forte e na nuca;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor e dificuldade para mover o pescoço;
  • Tontura e dificuldade de concentração;
  • Confusão mental;
  • Dificuldade para encostar o queixo no peito;
  • Sensibilidade à luz e aos ruídos;
  • Sonolência e cansaço;
  • Surdez;
  • Paralisia;
  • Gangrena de pés, pernas, braços e mãos;
  • Falta de apetite e de sede.

Ao notar um ou mais sintomas citados a cima ou indicativos de contágio por meningite, é fundamental que consulte um clínico geral, infectologista ou neurologista, a fim de receber uma avaliação profissional dos sintomas. E a indicação de quais exames clínicos realizar para confirmar a infecção e a causa da meningite, iniciando o tratamento adequado quanto antes.

 

Sintomas de meningite em bebês

Sendo o grupo de maior risco, é importante estar atento aos sintomas de meningite em bebês, tais como a febre alta, por exemplo, podendo incluir outros sintomas como:

  • Choro constante;
  • Irritabilidade;
  • Sonolência;
  • Falta de ânimo;
  • Falta de apetite;
  • Rigidez no corpo e no pescoço.

Quando a criança possui menos de 1 ano de vida e a moleira ainda é mole, pode se observar no topo da cabeça um inchaço, semelhante a um galo devido a uma pancada. Em quadros de meningite meningocócica, pode ser possível observar manchas vermelhas na pele, convulsões e paralisia, por exemplo.

Grupos de riscos

Se encaixam no grupo de risco da meningite aqueles pacientes que possuem deficiências em seu sistema imunológico, com por causa da idade, como no caso dos bebês e idosos, pessoas imunossuprimidas, ou pacientes com doenças e infecções crônicas.

 

Essa fragilidade aumentada se da devido à dificuldade do organismo combater o agente transmissor, aumentando a chance de inflamações da meningite  e instalação da doença.

 

Vale dizer que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver a doença, mas o risco é maior para pessoas que não foram vacinadas, crianças menores de um ano de vida, adolescentes e os idosos.

 

O diagnóstico da meningite

O pré-diagnóstico da meningite é realizado pelo médico, considerando a sua avaliação clínica dos sinais e sintomas apresentados e relatados pela pessoa, podendo ocorrer uma avaliação física, que se baseia na realização de movimentos como o do pescoço, a fim de verifica se existe desconforto ou dor, já que a rigidez do pescoço esta presente em quase todos os casos de meningite.

 

Médica avaliando sintomas de paciente.

 

Com objetivo de confirmar ou descartar o diagnóstico de meningite, seu médico pode solicitar a realização de cultura do liquor (LCR), realizada pela coleta de líquido obtida pela punção lombar. Com este exame é possível identificar se há a presença de bactérias, vírus, parasita ou fundo que se relacione com a inflamação da meninge.

 

O profissional de saúde, também pode indicar a realização de exame de urina, sangue ou imagem, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

 

O tratamento para meningite

O tratamento para meningite, necessita de internação hospitalar, pois é fundamental  o acompanhamento muito próximo do médico, visto que a doença possui uma progressão muito rápida evoluindo para diversas complicações, surgindo em menos de 24 horas em muitos casos. Em outras palavras, percebendo os sinais da doença, o paciente deve procurar atendimento médico depressa, para receber as medidas de suporte.

 

O objetivo do tratamento é fornecer ao organismo meios para combater a infecção, ou lidar com as complicações rapidamente, administrado medicamento de acordo ao agente causador da meningite, como antibióticos, antifúngicos, antiparasitários ou antivirais.

 

Como fazer a prevenção da meningite?

A principal forma de prevenção contra a meningite é a vacina. De acordo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM), as vacinas do tipo A,B,C,W e Y de meningococo são muito seguras e eficientes contra a meningite.

 

As vacinas capazes de prevenir as principais causas de meningite bacteriana, são disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização, para crianças com menos de 1 ano até 4 anos, tais como  Pneumocócica 10 Valente conjugada, Meningocócica C conjugada, Pentavalente e BCG, que protegem contra alguns tipos de meningite bacteriana.

 

Vacina meningite.

 

A Sbim e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indicam que a vacina meningocócica conjugada ACWY deve ser dada a crianças no alto dos seus 3, 5 e 7 meses de vida. Sendo indicado o reforço entre 4 e 6 anos ou aos 11 anos de idade.

 

Demais recomendações de prevenção, englobam evitar o deslocamento a regiões com surtos em andamento, além disso, higienizar as mãos ao tocar em locais público e evitar ambientes pouco arejados já são ótimas medidas de prevenção.

 

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