Conectado por

Agronegócios

Mato Grosso está em alerta sobre falta de fertilizantes


Compartilhe:

Publicado por

em

Os efeitos da guerra no Leste Europeu já começam a serem percebidos na economia brasileira e têm deixado lideranças do setor produtivo de Mato Grosso em sinal de alerta. “A luz vermelha acendeu com a guerra. O presidente Jair Bolsonaro esteve na Rússia para garantir o fornecimento de fertilizantes, principalmente cloreto de potássio. Agora, tudo virou uma incógnita e a gente já viu o Putin dando e declarações de que não vai mais vender fertilizante para o Brasil”, avaliou, hoje, o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), Paulo Sérgio Aguiar.

P U B L I C I D A D E

Sem fertilizantes, o custo de produção agrícola no Brasil aumenta exponencialmente, podendo, até mesmo, tornar inviável alguns cultivos e faltar alimentos na mesa do consumidor. Para se ter uma ideia, somente em 2021, o preço médio do cloreto de potássio (KCL) subiu de U$ 320 a U$ 340 para mais de U$ 950 a U$ 1 mil. A ureia na safra 19/20, que antes estava na casa dos U$ 360, ultrapassou os U$ 725.

“Daqui a pouco também vão aumentar as sanções para o Belarus, outro grande fornecedor de fertilizantes. Além disso, alguns navios mercantis estão sendo bombardeados. Pelo menos cinco navios no Mar Negro foram atingidos. Desta forma as empresas não querem mais mandar navios para essas regiões”, acrescenta.

Quanto as alternativas para o setor produtivo de Mato Grosso, ele avalia que “é uma questão muito difícil. A única alternativa que nós temos, e não é para 2022, é começar a pensar na exploração das minas de potássio em Autazes, no Amazonas, e acelerar a produção e exploração das minas de fósforo no Brasil. Outro ponto é a Petrobras voltar a produzir através do gás natural o nitrogenado”, aponta. “Nós estamos sentados numa das maiores minas de cloreto de potássio do mundo, mas não estamos explorando um quilo sequer por problemas no licenciamento ambiental”, finaliza, através da assessoria.

Outro efeito da guerra foi a alta no petróleo, que já ultrapassou os US$ 110 por barril.

Agrilink.com.br

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br