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Língua geográfica: o que é, causas, sintomas e tratamentos


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Revisado por Julia Gabiroboertz Cardoso

P U B L I C I D A D E

  • Dentista, especialista em Endodontia
  • CRO RJ 43046

Língua geográfica, popularmente chamada de glossite migratória benigna, é uma condição benigna caracterizada por marcas avermelhadas bem demarcadas por uma borda amarelo-e esbranquiçada na superfície da língua, as quais conferem a aparência de um mapa. O problema pode causar desconforto e sensibilidade aflorada a certas substâncias. Saiba mais:

O que é?

De acordo com o odontologista Celso Augusto Lemos, membro da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), língua geográfica é um acometimento inflamatório que se manifesta na língua por meio de manchas avermelhadas cercadas por uma borda esbranquiçada. Estas marcas, na verdade, são a falta das papilas gustativas.

O problema tem característica migratória, visto que aparece e reaparece em diferentes áreas.

Embora pareça alarmante, a língua mapeada é uma alteração normal, não uma doença propriamente dita, visto que não está ligada a complicações de saúde.

Causas da língua geográfica

A causa ainda é desconhecida, mas algumas pesquisas a relacionam a fatores genéticos e alterações hormonais.

Alguns especialistas acreditam que o problema possa estar relacionado ao líquen plano ou à psoríase, porém são necessários mais estudos para comprovar a conexão.

É transmissível?

O problema não é contagioso.

Fatores de risco

Ainda não é sabido quais são os fatores que aumentam o risco de língua geográfica, porém os mais prováveis são:

Histórico familiar

As manchas vermelhas na língua podem ter relação com fatores genéticos herdados, o que explicaria a existência de mais de um caso numa mesma família. Contudo, esta associação ainda não está comprovada.

Língua fissurada

Quem apresenta língua geográfica costuma manifestar outras alterações, como fissuras na superfície deste órgão.

Sinais e sintomas de língua geográfica

Mulher com língua geográfica.

patrisyu/Shutterstock

As manifestações clássicas são manchas lisas, vermelhas e margeadas na parte superior ou lateral da língua.

Na maioria das vezes, o problema não gera outros sintomas. Contudo, em alguns casos pode haver ardência, queimação e sensação de “picotamento”, principalmente quando há contato com alimentos cítricos e condimentados. Além disso, muitos pacientes relatam piora dos sintomas com o estresse.

Diagnóstico

Segundo o odontologista Celso Augusto Lemos, a descoberta da doença é feita por meio da história e aparência clínica.

Qual profissional devo procurar?

Ao notar lesões na língua que não desaparecem em até 10 dias, busque um dentista. Ele é o profissional mais indicado para avaliar a saúde bucal e o problema.

Caso a língua geográfica seja diagnosticada, é necessário acompanhamento clínico.

Tem cura?

Embora possa sumir espontaneamente após algum tempo, o problema não tem cura pois pode aparecer novamente. Todavia, os sintomas podem ser controlados por meio do tratamento adequado.

Tratamento

Dentista realizando tratamentos para periodontite.

Antonio Guillem/Shutterstock

A língua geográfica geralmente não requer nenhum tratamento médico, especialmente em casos assintomáticos ou com remissão espontânea.

Entretanto, se houver desconforto intenso, podem ser recomendados medicamentos, tais como anti-inflamatórios e corticosteroides tópicos.

Prognóstico

De acordo com a Mayo Clinic, o único cuidado durante o tratamento é evitar o consumo de alimentos que irritam os tecidos orais sensíveis, como os de sabor ácido ou os condimentados.

Complicações

A língua geográfica não causa nenhuma complicação além do possível desconforto, visto que é uma condição benigna. Ainda assim, algumas pessoas podem sentir vergonha, dependendo da visibilidade das lesões.

Prevenção

Não há uma maneira de prevenir língua geográfica, mas quem a apresenta deve fugir de alimentos que pioram a sintomatologia e, na medida do possível, evitar situações de estresse, as quais podem estar relacionadas ao aparecimento do problema.

Fonte

Celso Augusto Lemos, membro da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) / CRO 50648

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