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Mato Grosso

Janaina Riva faz balanço sobre representatividade e os 91 anos da conquista do direito ao voto feminino no País


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Nesta sexta-feira (24.02) faz 91 anos que as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar e de serem votadas no Brasil. Hoje elas representam pouco mais de 51% do eleitorado mato-grossense, mas a representatividade feminina em cargos políticos em Mato Grosso ainda é pequena. A deputada estadual Janaina Riva (MDB) avalia a importância do voto e de as mulheres exercerem esse direito com plenitude para aumentar a participação feminina na política. Há três mandatos consecutivos a parlamentar é a única deputada estadual eleita para compor o quadro de deputados estaduais de Mato Grosso.

P U B L I C I D A D E

 

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“Votar é exercer a cidadania, é referendar a democracia. Quando a mulher passou a votar e a poder ser votada no Brasil, acendeu uma luz em todas nós sobre a representatividade e a luta pelos nossos direitos. Votar é poder escolher e ter nas mãos a opção de mudar o rumo da história se o que eu vejo não me agrada. Nesses 91 anos talvez nossa representatividade ainda esteja aquém ao desejado por todas nós, mas gosto de pensar e de lutar diariamente para que essa realidade mude em breve”, disse a deputada.

Atualmente, 15 mulheres exercem mandato de prefeitas em Mato Grosso em um universo de 141 municípios. No cargo de deputada estadual há somente Janaina há três legislaturas, como deputada federal foram duas eleitas em 2022, enquanto no cargo de senadora não há nenhuma mulher.

Segundo Janaina, a participação de mais mulheres na política é importante para a garantia da  representatividade nas pautas debatidas e na implantação de políticas públicas voltadas às mulheres.

“Somos a maioria do eleitorado brasileiro, mas minoria ocupando os espaços de poder. A política sempre foi um lugar predominantemente masculino, porém o preconceito não é uma atitude apenas de homens, caso contrário, sendo a maioria do eleitorado brasileiro e mato-grossense, mais mulheres deveriam ter sido eleitas no último pleito. A questão é bem profunda porque gênero não define capacidade de ninguém, mas define a importância e a prioridade das pautas e das políticas públicas debatidas e aprovadas. Como um homem vai saber o real significado de leis como a que garante a distribuição gratuita de absorventes higiênicos em escolas públicas para meninas de baixa renda, se eles não menstruam? Dificilmente um homem vai se preocupar com leis para garantir acesso à mamografia, atendimento multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual, de combate ao machismo ou que garantem que mulheres tenham direito a acompanhante em consultas e exames, por exemplo, por que não sentem esses dilemas na pele. Essas são leis minhas que já estão em vigor”, explica.

Para Janaina é necessário muito mais mulheres nos diversos segmentos e esferas de Poder para que elas contribuam para o enfrentamento de todas as formas de violência de gênero e desigualdades, porém lembra que para serem eleitas, o caminho é muito mais tortuoso que o percorrido pelos homens.

“São tantas dificuldades. Falta de estrutura financeira, dificuldade de acesso ao fundo partidário e de angariar recursos, falta de estrutura familiar (o que se agrava se mulher tiver filhos), medo de exposição pessoal, mas principalmente a ausência de uma legislação que corrija toda essa desvantagem que enfrentamos. Sempre digo que o ideal seria uma lei que garantisse um percentual mínimo de vagas nos parlamentos para as mulheres. Enquanto nada nesse sentido é aprovado, vamos abrindo caminhos e incentivando umas às outras ao ingresso na política”, finaliza.

Fonte: Laura Petraglia/Assessoria de Comunicação

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