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Irmãos confessam assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips na Amazônia, dizem fontes da Polícia Federal


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Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, e Amarildo da Costa Oliveira, o ‘Pelado’, foram presos nas investigações sobre o desaparecimento do indigenista e do jornalista britânico, em 5 de junho.

P U B L I C I D A D E

Por Isabela Camargo, TV Globo

Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, confessaram o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillipsdesaparecidos na Amazônia desde 5 de junho, informaram fontes da Polícia Federal (veja mais no vídeo abaixo da matéria).

 

Oseney e Amarildo foram levados pela PF ao local das buscas, no Vale do Javari, para apontar a localização dos corpos, o que não havia acontecido até a última atualização desta reportagem. A família do repórter no Reino Unido informou não ter sido informada sobre a confissão dos assassinos.

Antes de sumir, Pereira e Phillips haviam partido da Comunidade São Rafael em uma viagem de duas horas rumo a Atalaia do Norte, mas eles não chegaram ao destino (veja o mapa do percurso ao final deste texto).

Logo após o desaparecimento, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirmou que Pereira, que era servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.

Em nota divulgada na ocasião, a entidade descreveu Pereira como “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.

Segundo o jornal britânico “The Guardian”, do qual Phillips era colaborador, o repórter estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente. Ele morava em Salvador e escrevia reportagens sobre o Brasil fazia mais de 15 anos. Também publicou em veículos como “Washington Post”, “The New York Times” e “Financial Times”.

Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, está detido desde 7 de junho. Já seu irmão, que é conhecido com Dos Santos, foi preso temporariamente nesta terça-feira (14).

Até esta quarta-feira (15), nove pessoas foram ouvidas pela polícia. Entre elas, a mulher de Amarildo, Josenete, que prestou depoimento na última sexta-feira (10) em companhia de um advogado e preferiu não falar sobre a prisão do marido nem sobre o caso dos desaparecidos.

No domingo (12), a Polícia Federal divulgou imagens de objetos encontrados na área de buscas, no interior do Amazonas. Foram localizados uma mochila, um notebook , camisas, bermudas, calça, chinelos e botas (leia, mais abaixo, sobre a operação para encontrar Pereira e Phillips).

 

 

Montagem com fotos do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips — Foto: TV Globo/Reprodução

Montagem com fotos do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips — Foto: TV Globo/Reprodução

Buscas

 

A operação de buscas para encontrar o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips teve início no dia do desaparecimento, 5 de junho, um domingo. A operação foi inicialmente organizada por integrantes da Univaja. Como eles não conseguiram localizar a dupla, alertaram as autoridades sobre o sumiço na segunda-feira (6).

As buscas reúnem o Exército, a Marinha, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a Polícia Federal. O Exército na região do Vale do Javari com combatentes de selva da 16º Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Tefé (AM).

Em 7 de junho, o assessor jurídico da Unijava disse que a Marinha e a PF ignoraram informações sobre suspeitos que, no passado, ameaçaram o indigenista.

Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1

Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1

VIDEO DA MATÉRIA DO G1 CLIQUE AQUI

 

( G1)

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