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Idosos e crianças podem usar laxantes?


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O hábito intestinal constipado, também conhecido como prisão de ventre, é caracterizado por fezes endurecidas, sensação de evacuação incompleta e bloqueio na saída das fezes ao menos uma vez a cada quatro evacuações. Caso a quantidade de defecação por semana for inferior a duas ou três, isso também é um sinal de constipação intestinal. Esse problema é bastante comum em todas as faixas etárias, desde a infância até a terceira idade.

P U B L I C I D A D E

Uma das opções para normalizar esse quadro é o uso de laxante. Apesar do nome soar um pouco invasivo, ele é totalmente seguro, podendo ser usado até mesmo por idosos e crianças. Isso porque todo medicamento que tem como objetivo auxiliar a defecação é considerado um laxante, e, se utilizado da maneira correta, não oferece riscos à saúde.

Causas da prisão de ventre

Em crianças, por exemplo, a prisão de ventre pode ser resultado de repetidas tentativas de retenção voluntária de fezes, muitas vezes por causa dos medos associados à evacuação. Esse medo pode surgir por diversos motivos, como defecação dolorosa, pressão excessiva do cuidador para manter o controle do intestino e uso de vasos sanitários de adultos, que não permitem apoio suficiente para as pernas. Com esse comportamento, o cólon – no intestino grosso – acaba absorvendo mais água, criando fezes duras.

Já em idosos, as possíveis causas são: envelhecimento da musculatura do assoalho pélvico e do próprio intestino – dificultando a movimentação e expulsão das fezes; mudanças na dieta; menor mobilidade corporal; comorbidades como diabetes e doenças do sistema nervoso central. O uso de medicamentos diuréticos, anti-hipertensivos, antiparkinsonianos, analgésicos e anticonvulsivantes também podem contribuir para o quadro de constipação.

Laxante ideal para crianças e idosos

Há diversos laxantes que crianças e idosos podem usar, sendo preferível aqueles formadores de bolo fecal – como as fibras solúveis e insolúveis -, e os agentes osmóticos, que aumentam a hidratação do bolo fecal.

Por isso, os produtos ideais para essas duas faixas etárias são aqueles com compostos não absorvíveis, como lactulose, macrogol, manitol e polietilenoglicol.

Embora os laxantes estimulantes como bisacodil e picossulfato também possam ser administrados em crianças e idosos, os especialistas preferem o uso de laxantes como polietilenoglicol, lactulose ou leite de magnésia. Isso porque eles amolecem lentamente a massa fecal, até que a criança decida eliminá-la dias ou semanas depois. Não há restrição de idade para início do uso destes produtos.

Os laxantes podem ser ingeridos em comprimidos ou líquidos. Para os pequenos, porém, a recomendação é utilizar os produtos líquidos e sem sabor, para que seja possível misturá-los à bebida de costume da criança. A versão em gotas também é indicada para pessoas que possuem dificuldade em engolir comprimidos.

É importante ter em mente que o objetivo do laxante é ajustar o hábito intestinal e melhorar a qualidade de vida diária, e não somente eliminar as fezes que estavam no intestino de forma momentânea. Por isso, é imprescindível que o uso do medicamento, assim como as doses e tempo de tratamento, tenham orientação médica e sempre consultar a bula antes de ingerir qualquer medicamento – principalmente quando utilizado em crianças.

Outras alternativas para combater a prisão de ventre

A melhor maneira de prevenir que os pequenos tenham prisão de ventre é evitando que o medo de defecar seja desenvolvido. Para isso, o ideal é que o responsável não tenha um controle excessivo sobre o intestino da criança, e também ofereça um ambiente para defecar adequado às condições da mesma, levando em consideração a altura e idade, por exemplo.

Caso o medo de ir ao banheiro já exista, o ideal é adotar tratamentos que suavizam as fezes e garantem uma defecação sem dor – evitando, assim, futuros quadros de constipação. No entanto, até o momento, ainda faltam grandes ensaios clínicos randomizados e bem planejados avaliando o efeito de qualquer suplemento dietético ou laxante em bebês e crianças pequenas.

Quanto aos idosos, existem algumas alternativas naturais que ajudam a combater a constipação, como:

  • Tratar e controlar comorbidades, como diabetes, doenças autoimunes, doenças do sistema nervoso central e neoplasias
  • Ajustar ou até menos mudar os medicamentos que possam causar constipação como efeito colateral
  • Adotar uma dieta rica em fibras
  • Ingerir a quantidade adequada de líquidos
  • Praticar atividades físicas regularmente
  • Criar um hábito de idas ao banheiro e aguardar o tempo necessário de cada pessoa para a defecação.

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