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Mato Grosso

Homem é condenado a 200 anos de prisão por chacina em Colniza (MT)


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Ronaldo Dalmoneck foi submetido a júri popular, nessa quarta-feira (31), e condenado a 200 anos de prisão por homicídio qualificado praticado contra nove pessoas. Ele é o primeiro integrante do grupo de extermínio responsável pela Chacina que aconteceu em 2017, no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá.

P U B L I C I D A D E

As vítimas estavam em barracos erguidos na Gleba Taquaruçu do Norte, quando foram rendidas, torturadas e mortas.

g1 tenta localizar a defesa do condenado.

A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. A intenção do mandante do crime era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las.

Durante o julgamento, os jurados acolheram as teses defendidas pelo Ministério Público de que os homicídios foram cometidos por motivo torpe, meio cruel e com a utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

Veja quem são as vítimas:

  • Izaul Brito dos Santos, de 50 anos
  • Ezequias Santos de Oliveira, 26 anos
  • Samuel Antônio da Cunha, 23 anos
  • Francisco Chaves da Silva, 56 anos
  • Aldo Aparecido Carlini, de 50 anos
  • Edson Alves Antunes, 32 anos
  • Valmir Rangeu do Nascimento, 55 anos
  • Fábio Rodrigues dos Santos, de 37 anos
  • Sebastião Ferreira de Souza, de 57 anos

 

Caixões dos assassinados em chacina em Colniza (MT) — Foto: Comissão Pastoral da Terra

Caixões dos assassinados em chacina em Colniza (MT) — Foto: Comissão Pastoral da Terra

Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por envolvimento na chacina. Na primeira denúncia, cinco pessoas foram acusadas de cometerem homicídio triplamente qualificado, mas o processo foi desmembrado.

Em julho de 2021, a Promotoria de Justiça de Colniza denunciou mais três pessoas. Segundo o MPMT, os denunciados agiram “cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, por grupo de extermínio e sob pretexto de prestação de segurança privada”, matando nove pessoas por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas. A Justiça não recebeu a denúncia do MPMT em relação a Alcides.

A segunda denúncia, conforme o MPMT, foi resultado de uma nova linha de investigação, que apontou outros motivos para a execução do crime e a participação de mais pessoas, sendo dois mandantes e mais um executor.

G1

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